sábado, 6 de março de 2010

07 - Strike! Back - The Baseballs



Essa é uma banda sobre qual eu simplesmente não podia deixar de falar aqui.
Definitivamente tendo mudado minha forma de pensar sobre a música da atualidade, esses caras apareceram na minha vida na hora certa.

Bem, não posso dizer que a descobri, mas um dos meus melhores amigos apareceu com um "cara, você precisa ouvir isso!". Tendo em vista o gosto musical dele (que não é ruim, mas é muito diferente do meu) até desconfiei. Mas meu São Elvis Presley!
E você se pergunta: tá bom, o que esses caras tem de diferente? Por que toda essa melação?
Bom, creio que muitos (dos pouquíssimos) leitores presentes se lembrem de como o pop foi atacado nos últimos anos seguidamente por personalidades como Beyoncé, Lady Gaga, Kate Perry, Pussycat Dolls, etc...
Não havia um maldito dia em 2007 em que você ligasse a tv, rádio, pc e ouvisse Rihanna com sua "Umbrella"...
Pois bem. Em 2009 um grupo de caras se conheceu indo fazer um teste pra uma banda de metal. Ao se encontrarem eles bateram o olho em si mesmos e constataram algumas semelhanças. Quer dizer: o cabelo, as roupas, o estilo de falar...
Nem pensaram e saíram fazer música.
E, sim senhoras e senhores, eles são verdadeiros "Midas" da música atual. Por que?
Porque fizeram disso:



Isso:



E muito mais.
Todo o cd é cover. Mas acho que é uma das bandas covers (se não a única) com capacidade inovadora pra lançar um disco sem músicas próprias e realmente ser reconhecida! Todas as músicas possuem uma cara completamente diferente das suas contrapartes originais. E todas em uma levada extremamente Rockabilly!

Tem de tudo no disco: Rihanna, Usher, Kate Perry, Beyoncé, Pussycat Dolls, Maroon 5, Scisor Sisters...
Muito bom e simplesmente envolvente. No Youtube há outras versões de músicas mais recentes (Lady Gaga, Shakira e Britney Spears) e algumas entrevistas (todas muito boas de se ver).

Das músicas do álbum que eu daria destaque eu começo com o cover de "I Don't Feel Like Dancing" da Scisor Sisters. No embalo mais dançante do disco esta música que no original é toda em falsete se torna uma daquelas músicas pra se dançar (dhã) no instante em que se escuta (sério, não tem como escutar uma coisa assim e ficar parado olhando as nuvens ou os carros passando). Do mesmo estilo, "Crazy in Love", de Beyoncé, toma uma cara completamente nova e diferente. Como muitas (se não todas) das faixas do disco, a presença dos dedos estalando pra marcar o tempo é marcante demais. Acho que é uma das coisas que mais acrescenta personalidade ao som dos caras.
A própria "Umbrella" (exaustivamente tocada de noventa maneiras diferentes pela Rihanna e até por outras bandas, das quais se destaca também a Vanilla Sky) tem seu ritmo alterado pra algo em ritmo animado e bom de se ouvir (e sem aquele "ella, ella, ella, ê, ê" da versão original).
De levantar mesmo, mais do que todas, "The Look" nem parece a canção do Roxette. E, assim como a maioria do álbum, deixa no chinelo a versão original. Brilhante, é também a música da qual mais gosto da guitarra. Aquele solo que precede o final e de arrebentar. Muito fodão!

Sem fugir do estilo antigão, mas em ritmo de baladinha temos das melhores versões do disco todo.
"Don't Cha", das Pussycat Dolls (se não me engano, a única em versão ao vivo do disco), se torna uma daquelas músicas todas trabalhadas com orquestra e backing vocals femininos contrastando o vozeirão do trio vocal da banda. "This Love", da autoria de Adam Levigne (Maroon 5), toma mais cara de balada, já que a original apesar de boa tem uma cara "descarada" por assim dizer heheh.
Em "Bleeding Love" o trio vocal excede expectativas e faz uma baladinha digna dos anos 50/60. Todo o instrumental praticamente se resume aos backing vocals ao fundo e dedos estalando. É simples demais, mas é muito boa.
E tranformação também se vê em "Angels", de Robbie Williams. Acho que é uma das com mais feeling que a banda apresenta e simplesmente é destruidora. Por sinal gosto mais do solo de guitarra dela do que do que o de "The Look". É, de novo, simples e bom demais ao mesmo tempo.
"No One" de Alicia Keys não muda muito, mas ainda assim, é diferente de se ouvir uma música dessas cantadas por um cueca (na verdade acho que "Don't Cha" é ainda mais bizarra...) ao invés de uma mulher hehehe.

Acho que o único vacilo da banda foi com "Chasing Cars", da Snow Patrol. Não que a versão dos caras seja ruim, mas é a única do disco da qual eu não gosto mais do que a versão original. Ficou um pouco "diferente DEMAIS".

Em compensação, diferente e original, a minha preferida do disco é essa:



(Apesar disso, eu gosto do clipe do original - não é todo o dia em que você vê noivas com tacos de baseball na mão hehehe)

Infelizmente a divulgação da banda por aqui ainda é pobre, de boca em boca e não há previsão do lançamento da versão nacional do cd.
Por enquanto o máximo que se pode fazer é acompanhar a banda via Youtube, já que periodicamente o grupo lança algo de novo por lá. As versões de "Pokerface" (de Lady Gaga), "No One" (de Alicia Keys), "Chasing Cars" (da Snow Patrol), "Monday Morning" (de Melanie Fiona) e "Jungle Drum" (de Emiliana Torrini) foram adicionadas ao álbum apenas este ano. O disco original, lançado em 2009 contava com 12 faixas apenas, ao contrário deste que connta com as mesmas 12 e as cinco acima num total de 17 músicas.

Valeria cada centavo comprar um disco desses, mas talvez daqui há algum tempo...

E é isso.
Escutem o cd e curtam a viagem que é. Eu diria no mínimo que parado não dá pra ficar.
Abraço

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