sexta-feira, 17 de setembro de 2010

31 - Oh, No! - OK Go


Chega essa época do ano e todo mundo tem que assistir aquela vergonhosa premiação da "música" brasileira chamada VMB. Não vou passar horas aqui dizendo o quanto eu detesto essa premiação. Eu trouxe esse fato à tona por um motivo: todos os anos uma das poucas coisas boas do evento são as atrações internacionais (exceto pela participação do Bloc Party - aquilo foi uma bosta). Juliette & The Licks e Marilyn Manson são bons exemplos de shows ultra fodásticos que a premiação já concebeu.
E a atração desse ano foi a OK Go.

Aliás, fazia um bom tempo que não ouvia nada sobre os caras.
As últimas notícias foram justamente esse ano com o lançamento do disco novo, o Of the Blue Color of the Sky.  Ainda não pude escutá-lo com cuidado, apesar de ter achado muito bem feito o clipe de "This Too Shall Pass". E é falando de clipes interessantes que os caras se destacam. Quer dizer, antes do Oh, No! a pegada deles era um pouco diferente (não melhor e não pior; diferente mesmo).
Mas assim que os caras lançaram esse disco sobre o qual eu quero tanto falar, a coisa mudou.
Sim, eu fui mais um cara qualquer parte dos 99% que conheceu a banda através desse clipe aqui:



Eu não fui atrás de material da banda direto, mas gostei dela no instante em que escutei.
Foi um bom tempo até eu me interessar o suficiente ao ponto de encomendar o cd (uma pechincha) e ouvir o disco todo. A princípio não sabia que a banda tinha um disco antes desse. Fui direto ao Oh, No! ver o que havia de legal pra escutar além da música do clipe.

Bem, confesso que no começo (e lá vou eu...) eu não gostei do cd. Mas como pra mim música é algo maior do que ouvir uma coisa uma vez e dizer que não gostei, eu esperei, escutei novamente um tempo depois e daí a coisa melhorou. Melhorou porque comecei a escutar o disco com mais atenção do que antes.
E o Oh, No! é um disco legal.

Começando pela "Here It Goes Again", ela não é a mais popular do disco sem motivo nenhum; do contrário, ela é uma música toda elaborada desde a introdução (acho massa pra cacete introduções desse tipo, com um riff simples que chama a música devagar e que simplesmente some depois) até o refrão com todos os backing vocals caprichados ao ponto de serem quase um "instrumento adicional" da banda.

Falando dos backing vocals, eles preenchem praticamente quase todas as músicas do disco. Em "Oh, Lately It's So Quiet" - uma das com os vocais mais tranquilos da banda - eles fazem parte da música toda cantando seu "oh, no!" lá no fundinho. Em músicas como "A Million Ways" ou "A Good Idea at the Time" os backing vocals são mais presentes no refrão. Em ambas eles aparecem de forma mais discreta. Qual das duas eu gosto mais? Difícil dizer. "A Good Idea at the Time" tem um instrumental mais pesadão, enquanto que "A Million Ways" tem um clima "calmo e tenso" ao mesmo tempo. Acho que corresponde bem ao jeitão do clipe. Até porque depois de assistir o clipe, não consigo ouvir a música sem imaginar toda aquela coreografia ensaiada deles (muito boa).
No mesmo clima "tenso" temos "Maybe, This Time" quase no finzinho do disco. Gosto bastante da levada dela. Ela soa como uma baladinha com clima de "DR". Não é uma letra romântica; pelo contrário até. E curto músicas em que o refrão vai aparecendo aos poucos, sem exagero.

"Let It Rain" é pra mim a que mais chega perto do clima de uma baladinha. O riff, a calma da música... Aliás, o vocalista (Damian Kulash) tem um timbre muito massa. É só dele e parece servir pra tudo. Seja em uma música tranquila, seja em uma pesadona, o cara não deixa a desejar em matéria de voz.

Curto "It's a Disaster" por ser uma das mais animadas do disco e por ter um dos instrumentais mais fodões do álbum todo, junto com "Television, Television". Acho que ambas aparecem no momento certo do disco e apesar da cara rápida de ambas, elas valem bem o tempo que têm.
Com uma entrada de bateria bacana, também tem "Do What You Want". Essa música me ganha pela característica que mais gosto de comentar sobre qualquer disco que eu escute - a simplicidade. Ela tem uma letra rápida, guitarras simples, uma bateria realmente boa, um solo sem nenhuma porcaria de outro planeta e vocal invocadão.

Mas mais foda que as duas juntas, e de longe a minha preferida do disco, é só "Invincible":



Acho que essa música resume tudo o que expus sobre o álbum todo: desde o vocal versátil do Damian, passando pelos backing vocals da banda, o instrumental invocadão (porra, tenho que dizer, o baterista é um dos melhores músicos da banda!) puxando todo o disco - na verdade abrindo o disco - e ainda por cima com um clipe cheio de explosões (tudo fica legal explodindo, hehehe - nenhuma tendência terrorista por aqui, mas vai dizer que você nunca teve vontade de explodir alguma coisa?).

A despeito de gostar das outras músicas (sim, eu gosto) eu paro minha postagem por aqui.
Agora são 1:39 da matina e tenho que confessar que acabei não assistindo a apresentação dos caras naquele evento desprezível. Soube apenas que tocaram "This Too Shall Pass" (uma música incrivelmente dona de DOIS bons clipes) e mais nenhum outro hit... Pena.
Mas valeu pelas vaias àquele projeto malfeito de banda colorida com fãs em pré puberdade com dedos em carne viva de tanto votarem em algo que não é música, não é cultura e não: não é bom.
Mas não citarei nomes.
Irei em paz sabendo que por alguns minutos uma banda decente pisou naquele palco e mostrou serviço (li uns comentários muito bons e assim que alguém colocar no Youtube eu vejo, hehehe).

Fui

sábado, 11 de setembro de 2010

30 - Get Born - JET


Das várias bandas da levada dos anos 2000, muitas resolveram aparecer com um estilo cru e simplista de música. Eu comentei previamente que não curto ficar classificando os 435 tipos de rock; se é música e é bom é o que me importa. O resto é papo.
Mas o estilo dessas bandas do início de 2000, mais precisamente dos meados de 2002, foi classificado como Garage Rock. Bandas como The Strokes, The Hives e The Vines são exemplos desse estilo de música com guitarras sujas e vocais rasgados. Na real, eles são uma senhora cuspida na cara daquele povo que diz que não existe nada de bom pra se ouvir de 98 pra cá. "Is This It", "Veni, Vidi, Vicious" e "Winning Days" são respectivamente excelentes amostras do que essas bandas trouxeram pra música. E no meio delas também entra a JET.
Diferente da maioria das bandas que conheci através do doce despertar da minha televisão, eu fiquei sabendo que essa banda existia quando montei com alguns colegas de faculdade a primeira banda que quase deu certo. Um amigo nosso sugeriu uma música pra tocarmos e foi, óbvio, essa:



"Are You Gonna Be My Girl" tem uma pegada lazarenta. Acho ela uma música simples demais e foda demais. É soco na cara! É muito foda. E, porra, os vocais da banda merecem respeito; os caras mandam bem nos agudões, hehehe.
Apesar de eles terem lançado mais dois álbuns (um inclusive no ano passado) eu quis falar do Get Born porque ele é um album bom, mas do qual ninguém mais fala. E tem que ele me fisgou por esses últimos dias junto com o Lullabies to Paralyze (do QOTSA) e o Core (do Stone Temple Pilots).
Ele, como eu disse, pertence à essa leva de bandas boas recentes e esse álbum de estréia é o que eu mais gosto por ser o mais equilibrado dos três.

"Como assim, 'equilibrado'? O que ele tem de diferente dos outros?"

A banda faz bem tanto músicas pesadonas quanto baladinhas. Dos três álbuns eu sou da opinião de que o Get Born é o mais balanceado dos três discos. Tem praticamente o mesmo número de ambos os tipos de música. E todas elas são boas (ou quase todas).
Já o Shine On e o Shaka Rock são diferentes. O primeiro é mais baladinhas e o segundo é mais das pesadinhas (não mais tão pesadas assim...). Além disso, devido ao grande recesso da banda entre o segundo e terceiro discos e a perda de um dos integrantes, o estilo do Shaka Rock ficou um pouco diferente (apesar de ainda ser distinguível como um album da banda assim que se ouve).

Bom, e o que dizer do Get Born?
Pra começar, ali em cima eu já dei o alerta: ele é um álbum simples, mas de uma sonoridade muito singular.
Abrindo o disco temos uma espécie de dobradinha. "Last Chance" e "Are You Gonna Be My Girl" abrem o disco de forma rápida e pesada. "Last Chance" por sinal, começa praticamente do nada e se você não está pronto pra escutá-la de primeira ela chega a assustar. É um grito e já entra a banda inteira com aquele riff massa (que foi desgraçadamente utilizado em lugares estrambólicos como, por exemplo, aberturas de quadros do programa do Luciano Huck, mas enfim, a vida é assim mesmo). E então, quando a música está no finzinho dá pra ouvir uma meia lua sendo pega do chão e começando a que de longe é a melhor das rockonas do cd. Mas já falei dela ali em cima e não quero soar repetitivo demais.

Aprendi a gostar de "Rollover DJ", mas ainda acho que falta algo naquele refrão. Não sei bem dizer o que é...
"Get Me Outta Here" é quase um hadouken. Principalmente por ela vir depois de duas baladinhas, aquele riff ali do começo é chocante. Tem até um tecladinho no meio. E a batera parece mais empolgada nela.
Eu gosto de "Cold Hard Bitch" porque ela tem cara de música das antigas. Alguma coisa nela me lembra (lembra, não tô falando que é igual) um pouco o AC/DC ou o Creedence Clearwater Revival. Não sei se é a guita, o vocal, ou o conjunto da obra.
Melhor que ela, de longe, é "Take It or Leave It". Apostando em uma simplicidade ainda maior do que a própria "Are You Gonna Be My Girl", essa música é aquela pra escutar no talo e pular que nem um louco. Juro que se um dia eu ver um cover bem feito dessa música eu pago pau.

Eu curto "Lazy Gun" porque acho que ela foge um pouco do estilão do álbum (mas pra melhor). Ela tem aquele efeito bacana no riff. Acho aquilo lá hilário (junto com os backing vocals hehehe).

O disco vai além dessa. Já comentei na postagem que fiz sobre o disco do Audioslave: banda que se preza tem o DEVER MORAL de ter pelo menos UMA boa baladinha. Diante dos mais pôseres (que se dizem puristas) e que acham que isso é balela eu tenho três palavras: "Stairway to Heaven".

E falando dessas baladinhas, eu começo justamente com a "Lazy Gun", já que ela está quente. Quando disse que ela foge do estilo do disco é porque ela junta aquela guitarra bacana com cara de música fumadinha, com um refrão com a maior cara de baladinha do universo.
Eu acho o começo de "Radio Song" meio broxante, mas pelo menos a música melhora quando a bateria entra. Melhora muito. E a música fica realmente boa.
Acho "Look What You've Done" meio popzinha, mas ainda é uma baladinha excelente. E, novamente, quando a banda inteira entra, ela se torna de arrepiar.
Não vou falar muita coisa de "Timothy" porque apesar de gostar dela, acho que ela soa repetitiva.

"Hm, tá, já acabou?"

Não.
Pra mim a baladinha mais animal desse disco, que vale ser escutada centenas de dezenas de vezes é "Move On":



Na boa, ela tem mais feeling do que todas as baladinhas do disco juntas. Não tem falsetinho. Não tem fescurinha. Não tem levadinha pop, nem nada assim.
Ela é boa porque tem só o que precisa: voz boa, um violão, uma meia lua, uma gaitazinha e uma pusta de uma letra bem escrita.
Nessa versão ao vivo chega a me arrepiar os pêlos do pé quando o cara resolve mostrar pra que serve um gogó decente.
É muito boa.

Talvez a você tenha parecido que eu não curto muito os outros dois álbuns. Sendo honesto, acho todos os três muito diferentes entre si e, ao mesmo tempo, todos com o timbre único dos músicos. Acho o Shaka Rock o "menos bom" dos três, apesar de ele ter simbolizado um retorno que eu esperava há tempos.
Aliás, algo que tem me deixado contente é que muitas das bandas decentes que estavam adormecidas e/ou separadas voltaram à ativa de forma espetacular nos últimos tempos. Desde o Rage Against the Machine, passando pelo Queens of the Stone Age e os Strokes (que finalmente lançarão seu quarto disco).
Com retornos assim dá pra começar a voltar a crer na música, já que eu achei que entraríamos na "Dark Age" da música, com a porrada de lixo que tem aparecido e, infelizmente, ganhando público.

Mas meu blog não é pra críticas, e sim para bons comentários sobre o que eu acho que presta.
Em breve, mais um álbum de uma banda que voltou recentemente e que povoou minha semana com música boa. Pra quem não a conhecer será uma boa oportunidade hehehe.
Abraços

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

29 - Lullabies to Paralyze - Queens of the Stone Age


"Ué! Por que o Lullabies? O Songs for the Deaf é bem mais fodão! É a melhor fase do QOTSA!..."

Ah, concordo com mais da metade dessas afirmações e se eu fosse um fã da banda lendo o blog (e não escrevendo) eu falaria a mesma coisa (ou não).

Na real o Lullabies to Paralyze é meu álbum favorito da banda. Aliás, excelente banda independente da quadragésima formação em que ela esteja. O som dos caras é demais.
Na real, quem me apresentou o Queens foi um amigo meu que não vejo há anos! Um belo dia, enquanto eu estava entrando na onda "Foo Fighters apavora, eba! O Dave Grohl é muito fodão! Eba!" esse cara (Diego, vulgo Super-Homem... pusta saudades do cara) me perguntou se eu já tinha ouvido Queens of the Stone Age. Eu achei o nome engraçado e disse que ía dar uma procurada.

Capaz...

Foi o cara virar as costas e eu simplesmente esqueci da sugestão (até do álbum que ele havia sugerido... que depois soube ser - sim - o Songs for the Deaf) e segui minha vida. Não demorou muito pra eu acordar (sempre ela, a minha querida TV) com um clipe muito do bizarro passando de manhã:



Depois de assistir a um vídeo desses, com a música daquela... Desnecessário dizer que fui logo no 4shared numa loja ouvir tudo o que pudesse dos caras. Nessa época acabei perdendo contato com aquele meu amigo e não sabia mais por qual disco começar. Ouvi o R antes de todos e, apesar da sonoridade pesadona eu não fui muito com a cara dele não. Só anos mais tarde (é, como se eu fosse um ancião mesmo) eu comecei a ouvir ele e gostar. Depois dele escutei o Self-titled (outro bem estranho) e então conheci o tão falado Songs for the Deaf. A lendária formação perfeita; o já admirado entrosamento dos membros; Josh e Nick naquele love forever; Dave na batera; um disco com "Go with the Flow" e "No One Knows"... Achei bom pra cacete (sem contar que o disco parecer ser tocado inteiro num rádio de carro foi uma idéia digna de mestre).
Pois é.
Só que eu conheci o Lullabies.

"Se disser que ele é o melhor dos caras, você apanha véio!"

Nah, para com isso. Na real eu gostei do Lullabies to Paralyze porque ele é macabrão. Não macabrão de fazer cagar nas calças, mas macabrão de ter todo um clima diferente. Sei lá, é meio "medievalzão", por assim dizer (embora essa não seja ainda a palavra certa). Mas é só pegar a música que abre o disco pra ver isso. Ou vai dizer que você  nunca imaginou um daqueles bardos numa taverna sentar e tocar "This Lullaby" com todo aquele feeling (a versão do Josh no "Over the Years and Through the Woods" então...)?
Eu sempre escuto esse album como se ele fosse na verdade dois: antes de "Little Sister" (mais leve) e depois de "Little Sister" (mais pesado)...
Prefiro particularmente a parte depois de "Little Sister". Acho que as melhores coisas do album estão logo ali apesar de a primeira música que eu escutei do disco ter sido essa aqui (que fundamenta toda a minha opinião de que esse disco tem um clima diferente):



"Burn the Witch" é toda estranha e o clipe faz bem o ambiente em que imagino esse cd. Em "Someone's in the Wolf" tem uma parte ainda mais macabra em que no meio do solo alguém começa a afiar facas no fundo. Sinistro, eu diria. Sem contar que no fim dela alguém REALMENTE corta alguma coisa (e vá lá imaginar o que, saindo da cabeça do Josh).

Claro que a própria "Little Sister" por si já é um achado do disco. Acho aquele um dos riffs mais bacanas dos discos do QOTSA, quiçá de todas as músicas que já escutei. E não sei exatamente o porque mas ele me traz alguma coisa dos anos 90 quando escuto.
Porra, ainda no clima macabrão como não mencionar a sovaqueira fudida que é "The Blood Is Love"? Logo depois daquele corte, uma levadinha suave que quase te faz mudar de música; tudo isso só praquele baixo e a batera te levarem naquele lance pesadão e cru. Só alegrias. Acho que "Broken Box" é algo que me parece ter servido de inspiração pra algo dentro do projeto do Them Crooked Vultures. Sério, olha lá, é bem na mesma levadinha (heheh, aquele projeto é foda).

"You Got a Killer Scene There, Man..." fecha com chave de ouro meu argumento de álbum macabrão (e eu acho aquele ruído de (pelo menos parecem) palmas hilário.

Em contrapartida, na parte antes de "Little Sister", não tem como tirar os méritos de músicas como "Medication". Ela é curta, mas vale por uma boa do disco, sem fru fru.
"Tangled Up in Plaid" já traz alguma coisa de "Burn the Witch" em seu desenvolvimento. Se estivesse em um show eu fazia um medley com elas fácil fácil.
Mais do que chiclete, "In My Head" é uma música que foge um pouco do clima macbrão do disco todo e põe a banda na melhor levada. Sou fanzaço dela e principalmente o vocal e os backing vocals dão uma sonoridade muito boa pra ela.

Bom, falando nisso tudo, é conhecido que finalmente os caras deixaram a putaria de lado e vão se reunir novamente pra nova turnê e novo disco em breve.
Fico feliz de finalmente ver que uma das poucas bandas realmente boas da  atualidade deixou as frescuras de lado e resolveram trabalhar naquilo que fazem melhor: entupir shows de fãs sedentos de música (e alguns sedentos pra arranjar alguma briga com o Josh, hehehe). O Queens of the Stone Age foge de todos os padrões de banda que postei recentemente e eu honestamente não sei por que. Queria postar esse álbum aqui há algum tempo, mas somente hoje me veio a inspiração necessária (apesar de achar que ainda preciso criar mais vergonha na cara e colocar mais coisas por aqui).

E se forem escutar esse disco aí entrem no clima. Valerá a pena.
Abraços