quarta-feira, 8 de setembro de 2010

29 - Lullabies to Paralyze - Queens of the Stone Age


"Ué! Por que o Lullabies? O Songs for the Deaf é bem mais fodão! É a melhor fase do QOTSA!..."

Ah, concordo com mais da metade dessas afirmações e se eu fosse um fã da banda lendo o blog (e não escrevendo) eu falaria a mesma coisa (ou não).

Na real o Lullabies to Paralyze é meu álbum favorito da banda. Aliás, excelente banda independente da quadragésima formação em que ela esteja. O som dos caras é demais.
Na real, quem me apresentou o Queens foi um amigo meu que não vejo há anos! Um belo dia, enquanto eu estava entrando na onda "Foo Fighters apavora, eba! O Dave Grohl é muito fodão! Eba!" esse cara (Diego, vulgo Super-Homem... pusta saudades do cara) me perguntou se eu já tinha ouvido Queens of the Stone Age. Eu achei o nome engraçado e disse que ía dar uma procurada.

Capaz...

Foi o cara virar as costas e eu simplesmente esqueci da sugestão (até do álbum que ele havia sugerido... que depois soube ser - sim - o Songs for the Deaf) e segui minha vida. Não demorou muito pra eu acordar (sempre ela, a minha querida TV) com um clipe muito do bizarro passando de manhã:



Depois de assistir a um vídeo desses, com a música daquela... Desnecessário dizer que fui logo no 4shared numa loja ouvir tudo o que pudesse dos caras. Nessa época acabei perdendo contato com aquele meu amigo e não sabia mais por qual disco começar. Ouvi o R antes de todos e, apesar da sonoridade pesadona eu não fui muito com a cara dele não. Só anos mais tarde (é, como se eu fosse um ancião mesmo) eu comecei a ouvir ele e gostar. Depois dele escutei o Self-titled (outro bem estranho) e então conheci o tão falado Songs for the Deaf. A lendária formação perfeita; o já admirado entrosamento dos membros; Josh e Nick naquele love forever; Dave na batera; um disco com "Go with the Flow" e "No One Knows"... Achei bom pra cacete (sem contar que o disco parecer ser tocado inteiro num rádio de carro foi uma idéia digna de mestre).
Pois é.
Só que eu conheci o Lullabies.

"Se disser que ele é o melhor dos caras, você apanha véio!"

Nah, para com isso. Na real eu gostei do Lullabies to Paralyze porque ele é macabrão. Não macabrão de fazer cagar nas calças, mas macabrão de ter todo um clima diferente. Sei lá, é meio "medievalzão", por assim dizer (embora essa não seja ainda a palavra certa). Mas é só pegar a música que abre o disco pra ver isso. Ou vai dizer que você  nunca imaginou um daqueles bardos numa taverna sentar e tocar "This Lullaby" com todo aquele feeling (a versão do Josh no "Over the Years and Through the Woods" então...)?
Eu sempre escuto esse album como se ele fosse na verdade dois: antes de "Little Sister" (mais leve) e depois de "Little Sister" (mais pesado)...
Prefiro particularmente a parte depois de "Little Sister". Acho que as melhores coisas do album estão logo ali apesar de a primeira música que eu escutei do disco ter sido essa aqui (que fundamenta toda a minha opinião de que esse disco tem um clima diferente):



"Burn the Witch" é toda estranha e o clipe faz bem o ambiente em que imagino esse cd. Em "Someone's in the Wolf" tem uma parte ainda mais macabra em que no meio do solo alguém começa a afiar facas no fundo. Sinistro, eu diria. Sem contar que no fim dela alguém REALMENTE corta alguma coisa (e vá lá imaginar o que, saindo da cabeça do Josh).

Claro que a própria "Little Sister" por si já é um achado do disco. Acho aquele um dos riffs mais bacanas dos discos do QOTSA, quiçá de todas as músicas que já escutei. E não sei exatamente o porque mas ele me traz alguma coisa dos anos 90 quando escuto.
Porra, ainda no clima macabrão como não mencionar a sovaqueira fudida que é "The Blood Is Love"? Logo depois daquele corte, uma levadinha suave que quase te faz mudar de música; tudo isso só praquele baixo e a batera te levarem naquele lance pesadão e cru. Só alegrias. Acho que "Broken Box" é algo que me parece ter servido de inspiração pra algo dentro do projeto do Them Crooked Vultures. Sério, olha lá, é bem na mesma levadinha (heheh, aquele projeto é foda).

"You Got a Killer Scene There, Man..." fecha com chave de ouro meu argumento de álbum macabrão (e eu acho aquele ruído de (pelo menos parecem) palmas hilário.

Em contrapartida, na parte antes de "Little Sister", não tem como tirar os méritos de músicas como "Medication". Ela é curta, mas vale por uma boa do disco, sem fru fru.
"Tangled Up in Plaid" já traz alguma coisa de "Burn the Witch" em seu desenvolvimento. Se estivesse em um show eu fazia um medley com elas fácil fácil.
Mais do que chiclete, "In My Head" é uma música que foge um pouco do clima macbrão do disco todo e põe a banda na melhor levada. Sou fanzaço dela e principalmente o vocal e os backing vocals dão uma sonoridade muito boa pra ela.

Bom, falando nisso tudo, é conhecido que finalmente os caras deixaram a putaria de lado e vão se reunir novamente pra nova turnê e novo disco em breve.
Fico feliz de finalmente ver que uma das poucas bandas realmente boas da  atualidade deixou as frescuras de lado e resolveram trabalhar naquilo que fazem melhor: entupir shows de fãs sedentos de música (e alguns sedentos pra arranjar alguma briga com o Josh, hehehe). O Queens of the Stone Age foge de todos os padrões de banda que postei recentemente e eu honestamente não sei por que. Queria postar esse álbum aqui há algum tempo, mas somente hoje me veio a inspiração necessária (apesar de achar que ainda preciso criar mais vergonha na cara e colocar mais coisas por aqui).

E se forem escutar esse disco aí entrem no clima. Valerá a pena.
Abraços

16 comentários:

  1. "This Is My Fucking Stage" (HOMMES, Josh, 2003).

    Pra ser sincero, eu não curto muito Queens. Eu gosto de algumas músicas, de ALGO da sonoridade, mas no geral, não é das minhas preferidas. Algo nas músicas me incomoda, que eu não sei exatamente o que é, mas arrisco dizer que é o excesso de barulhos estranhos e incômodos durante algumas músicas...

    Mas enfim, gostos a parte, gostei bastante da postagem... Já falei antes, mas é bom ler alguém que realmente OUVE os cd's, não só escuta...

    =)

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  2. "You PUSSY! YOU DICKLESS!" (HOMME, Josh, 2000 e alguma coisa)
    Hehehe

    Falando de barulhos estranhos acho que esse álbum é o campeão, de lavada.

    Mas valeu aí.
    E bora falar do Slash lá no seu, hein, heheh

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  3. Conseguiu "explicar" muito bem o cd (não que eu seja o professor aqui hahah), mas acho que o caminho do cd é esse mesmo. O clima que voce disse como medieval eu falo como algo Dark/Sombrio, que só esse cd deles tem. Existem outros cds assim como o Favorite Worst Nightmare do Arctic Monkeys, ou Pretty Hate Machine do Nine Inch Nails, dois cds que também tem seu clima "sombrio".
    E o cd é realmente dividido em 2 partes como voce citou, sendo que a parte pós little sister é realmente mais sombria, mais pesada.
    Gostei dessa sua análise...
    Quero ver sobre o Rated-R, só as dorgas manolo... hahah

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  4. Heheh, geralmente coloco mais minhas impressões sobre os discos, mas não deixa de ser uma explicação, afinal.

    O Favourite Worst Nightmare eu acho macabrinho, mas o Humbug eu achei mais. O Pretty Hate Machine eu confesso que não ouvi, mas farei minha busca por ele, obrigado pela indicação.

    O R é um disco que me provoca uma espécie de TPM musical; ora eu gosto muito dele, ora eu detesto.
    Mas seu um dia eu estiver inspiradão mesmo eu falo dele sim, hehehe
    Abração

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  5. Esse álbum é fantástico. E, pra mim, é o pior deles. Tô seguindo.

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  6. Não vou muito com a cara do Self-titled deles. Acho que poderia ser melhorzão. Mas como um amigo meu me disse ainda essa semana (e é verdade) esse álbum deu toda a base para o que viria a ser a banda.
    Mas o trabalho deles é muito fodão. Só lamento não poder ir no SWU pra assistir ao vivo.
    Triste.
    Abração

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  7. Onde que eu assino? HAHAHA

    Brincadeiras a parte, o Queens of the stone age é uma das bandas mais bacanas da atualidade. Com tantas bandas por aí que simplesmente emulam(mal) as bandas de antigamente ou primam por inovar e acabam fazendo discos pouco coesos, o Qotsa consegue matar dois coelhos com uma pedrada só: Josh Homme tem uma assinatura musical inconfundível, o que torna o som original e coeso, um rock DE MACHO, mas difícil de classificar em algum subgênero e de forte apelo pop, pra ouvir e cantar junto mesmo.

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  8. A propósito, esse disco é o pior da banda, segundo o próprio Josh Homme, mas na minha opnião tá bem longe de ser um disco ruim: pelo contrário, tenho muito carinho principalmente pelo fato de ser o primeiro disco que ouvi deles. O cd tem algo de "Irmãos Grimm" em algumas músicas,e realmente pode ser pensado em duas partes : A primeira mais comercial, a segunda mais experimental, ambas muito boas.
    Ótimo texto, by the way!

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  9. Sobre o Humbug do Arctic Monkeys, não vejo ele com um tom "sombrio" igual vejo o Favorite Worst Nightmare. Apesar de ser produzido pelo Josh e ser bem mais "maduro", acho que a transaçao do 1 cd deles pro 2 deixou mto mais claro (escuro no caso hahah) essa evolução "dark" deles.
    O Humbug é somente uma evolução (bela por sinal) deles na composição.
    Ah, e o que eu acho mais loco é que mesmo com as musicas "bobinhas" como flourescent adolescent, o album nao perde seu clima sombrio.

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  10. Este comentário foi removido pelo autor.

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  11. Aeeee, Rafinha, FUCK YEAH!
    Estava te devendo essa.
    Que bom que você curtiu!

    É, a mudança do disco 1 para o 2 do Arctic Monkeys foi de fato mais drástica do que a última. Mas sei lá (já falei do Humbug aqui no blog), tem coisa no FWN que é bizarra. Fluorescent Adolescent é muito massa. Foi a primeira que ouvi dos caras
    heheh

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  12. Ué esqueceu, no que acho, as melhores faixas do album: o chiclete "In My Head"
    E a mais apaixonante de todas "I Naver Came"
    no DVD ela é suprema.

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  13. Oh, putz! Pior é que esqueci mesmo de "In My Head"!!!
    Mais do que chiclete, ela é uma música que foge um pouco do clima macbrão do disco todo e põe a banda na melhor levada. Sou fanzaço dela e principalmente o vocal e os backing vocals dão uma sonoridade muito boa pra ela.

    "And wait forever..."

    Mas não falei de "I Never Came" porque geralmente não comento todas as faixas. E apesar de gostar dela, se eu comentasse ía soar repetitivo.
    (mas concordo que ela é muito foda no DVD; aliás, pusta dvd!)

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  14. Nossa to meio atrazada, nao sei nem se o senhor Thom verá o comentário, mas eu nao podia passar por esse post sem deixar minha opinião(comos e ela fosse tao importante)

    Começando que QOTSA é simplesmente a minha banda favorita, e ainda por cima Lullabies entao! Nao digo que é o melhor album, mas contêm uma variedade de musicas num msm cd( que mudança do In My Head pro Burn the Witch, nao?)que acho que pra quem quer começar ouvir QOTSA tem que ir direto pra esse album, ele, pela minha experiencia, satisfaz mais gostos musicais que Songs for the Death, por exemplo.

    E essa tal vibe "macabra" que tu falou me faz lembrar de um amigo meu que disse que QOTSA é banda pra trilha sonora de filme de terror! E pode até ser, com todos os sons por tras das musicas, vc meio que entra num clima de suspense
    .
    E o que sao aqueles gemidos e sussurros no "Skin on skin", e "U got a killer Scene"?que musicas essas duas! Pra mim elas nao tem nada de macabro...elas tem um climao assim proposital pro "givin head givin head", né Thom? hahaha

    Eu quase choro quando no fim, a ultima musica, "Long slow goodbye", fica la na sua frasezinha de adeus..adeus...adeus...eu simplesmente falo "Nao, adeus nao" e coloco todo o album pra tocar de novo hahahah

    É viciante, posso até também ser inflexivel e preconceituosa, mas QOTSA nao vai sair do primeiro posto, nunca!E eles fazem por merecer...

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  15. Dona Maçã Saco de Batatas hehehe

    Espero que a postagem tenha agradado (se bem que rendeu até um comentário =O) e que o próximo do QOTSA seja tão bom quanto os três últimos pra eu poder falar dele aqui satisfatoriamente.

    Beijão =D

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