quarta-feira, 23 de junho de 2010

24 - Dig Out Your Soul - Oasis (que os bons tempos durem na memória)


Quando soube que no ano passado a turnê do Dig Out Your Soul passaria pelo Brasil eu fiquei esperançoso.
Quando eu soube que iria passar por Curitiba eu jurei que iria ao show.
E foi bom, porque foi a última chance de ver a banda inteira por aqui.
A Oasis se separou no fim da turnê (e até agora não entendi direito o por quê) e bem... Certo que a maioria dos fãs tende pra um dos lados: Liam ou Noel.
Sem nem pestanejar, assumo minha inteira lealdade ao Noel.
O cara é músico nato e sem ele o Oasis não teria saído da garagem em que o Liam e uns gatos pingados ensaiavam. Em compensação, mesmo que de uma maneira arrogante, não há como se negar a presença do Liam como front man da banda durante todos os anos em que seguiram juntos.

Oasis, assim como muitas bandas das quais eu já falei, foi uma que conheci tarde no meio da revolução de 2006 (a saga). Eu estava naquela já conhecida vontade de me separar do que me prendia e abraçar estilos novos.

Eis que um espertão qualquer chega e comenta: "Aposto que foi Wonderwall!"

Que "Wonderwall", o quê! O papo foi muito mais reto:



A despeito de a Foo Fighters ser minha banda favorita, minha alma é de "The Importance of Being Idle". A melhor música do mundo. E se eu começar a falar dela, eu posso acabar saindo do foco do post, então fica pra uma outra hora.

Enfim... Hesitei muito antes de falar da banda por todo esse lance bairrista que existe entre os fãs de Oasis. Com a separação da banda então... Sobra fogo pra tudo o que é lado...
Eu iria postar sobre meu álbum favorito, o Don't Believe the Truth, mas resolvi falar do Dig Out Your Soul por alguns motivos:

Primeiro porque foi o último trabalho da banda como um todo. E falando do trabalho dos caras em estúdio, não há o que se discutir: não há intrigas dentro de um cd; a banda ainda é um nome só, por mais talentoso que seja um ou outro músico. Você espera pelo novo álbum da banda e não pelos novos riffs mirabolantes do Noel ou que óculos o Liam vai sair usando na capa, por exemplo.

Em seguida, porque é no Dig Out Your Soul em que eu finalmente noto o Liam como um (finalmente) compositor de qualidade (e já digo o por quê).

E por fim, devido a uma declaração do Noel sobre o disco. Não lembro as palavras com exatidão, mas quando perguntaram pra ele o que ele esperava do público com relação ao disco ele foi curto e (nada além do rotineiro) grosso: "Eu não espero nada. Minha história na música eu já escrevi. Meu tempo de querer fazer música para os outros passou. Estou satisfeito com minha carreira como está e não preciso da fama pra sempre".
Classudo como nunca, esse comentário (vindo do Oasis, humilde até) me disparou a vontade instantânea de ouvir o DOYS quando ele foi lançado.

Mas mais do que isso, e mais do que o clipe psicodélico de "The Shock of the Lightning", foi uma música em particular aliada a um clipe que me fez mudar a opinião sobre um cara de quem eu não gostava muito: o Liam.
Sempre achei que tudo o que ele tinha era um timbre de voz diferente e só. Mesmo nos álbuns em que ele começou a realmente escrever algo (Heathen Chemistry e Don't Believe the Truth), achava as composições fracas quando comparadas a pérolas como (agora sim) "Wonderwall", "The Masterplan" ou "Talk Tonight".
No último disco, entretanto, ele quebrou minhas pernas com essa aqui:



Acho que essa música dispensa qualquer comentário.
Adoro o Noel. É meu ídolo mesmo.
Mas só por essa eu vou tirar meu chapéu pro Liam dessa vez.
"I'm Outta Time" é a melhor música do cd inteiro na minha opinião. Todo o instrumental (muito simples até!), aliado com a letra e, putz, a sensação que ela me passa... É fora de qualquer descrição que eu poderia colocar aqui. Merecido parabéns ao cara.
O álbum é bom de se ouvir. Não é parecido com nenhum dos outros, mas é muito bom.
Acho que "Waiting for the Rapture" é uma música simples também, mas com uma pegada diferente. Não me lembra nenhuma outra música que tenha ouvido com o Noel no vocal.
"The Shock of the Lightning" é massa e dá pra dar uma pirada legal com ela. Gosto da distorção das guitarras e o clipe é bizarro (não vou colocar aqui porque acho que ele iria sumir depois dos que já estão ali em cima...). Sem contar que foi uma das duas primeiras músicas que eu baixei escutei do disco. Essa e "Ain't Got Nothing" (também escrita pelo Liam), que conta com uma distorção ainda mais pesada que as outras e uma levada mais "caveirona", nas palavras de uma amigo meu, o Rafinha.
"The Nature of Reality" tem uma levada legal e é meio "tensa" por assim dizer. O solo dela com aquelas palmas no começo arrepia. Pusta sonzeira.
E por último, eu não deixaria de mencionar "Falling Down". Embora seja outra música realmente boa (há quem diga que é a contraparte Noélica de "I'm Outta Time"), eu acho que ela é meio fora da levada do álbum. Meio "excluidona" na minha opinião. Acho que é de uma maturidade musical diferente. Excelente, mas meio perdida no meio do álbum.

A Oasis é outra que fará falta no meio do despejo de porcarias em que anda a indústria cultural nos últimos tempos. A banda já não é mais a mesma e agora é hora de dar uma olhada nos trabalhos de cada um dos Gallaghers.
Gostei muito do Noel no TCT (Teenage Cancer Trust - um grupo internacional de luta contra o Câncer, que conta com frequentes shows beneficentes), apesar da qualidade horrível da gravação que consegui ouvir. E não tenho me mantido lá muito informado sobre novidades do Liam exceto sobre a acidez de costume...
Vamos ver no que dá.
Na melhor das hipóteses, dois grandes músicos pra ajudar a purificar a "colorice"...
Assim espero...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

23 - Brothers - The Black Keys


Estive me sentindo feliz nos últimos dias diante de uma resposta bem positiva às últimas postagens do blog. Parece que realmente elas estão rendendo um pouco mais. Mas há alguns dias um grande amigo meu me disse uma verdade: Thom, você quase não comenta trabalhos atuais. Eu até me intriguei e perguntei a ele como isso era possível (o Humbug, da Arctic Monkeys ou o White Lies for Dark Times do Ben Harper and R7 são do ano passado!). Mas ele explicou que seria interessante mostrar algo que está "quente". Recém saído do forno, por assim dizer.
De vários álbuns lançados este ano (como o Sea of Cowards da Dead Weather ou o Plastic Beach da Gorillaz) eu então falo do Brothers, o mais novo álbum da Black Keys.
Quem?
Nah, hoje em dia quase nem rola essa papo furado; um monte de gente sabe quem eles são.

"Tá, e daí, eu não!".

Então beleza.
A Black Keys é uma banda muito significativa pra mim. Junto com os Zutons, foi uma banda que "descobri" sozinho. Simplesmente estava enjoado de tudo, em uma apatia ridícula em pleno 2008. Havia acabado de conhecer muitas bandas boas e tudo o que eu queria era parar de escutá-las e ouvir algo novo. Tão novo que eu nem tivesse ouvido falar.

Que eu me lembre eu entrei por acidente em um outro blog que disponibilizava todos os cinco álbuns (na época) da banda.
E quase soltei rojões quando escutei os caras.
Excelente.

Ouvi todos, muitas vezes. Cheguei até a comprar dois deles pela Amazon (que saíram destruidoramente caros - acabei comprando na cagada... enfim, outra história). Dos cinco eu posso dizer com segurança que gosto de todos. Não tem coisa ruim deles, meu!

Gosto muito do Magic Potion, por causa desse clipe e música:




"Your Touch" é a música da Black Keys que ruleia meu universo. Mas depois que eu ouvi o Brothers, tudo isso mudou.

Não que ache que ele seja um álbum melhor. Acho todos os álbuns extremamente bons e não sei dizer o melhor deles. Varia de acordo com o dia. Às vezes presto atenção em uma ou outra música diferente e me interesso por algum em particular. Mas existe algo que se pode notar com tranquilidade absurda na obra completa do Black Keys: a linearidade.

Comecemos pelo seguinte: a banda é uma dupla. Um guitarrista (que faz os vocais também) e um baterista.
Plágio do White Stripes? Nem a pau. A Black Keys deixa a dupla do Jack White no chinelo. O Patrick é um baterista infinitamente superior à Meg (até porque ele toca em uma bateria DE VERDADE). Enquanto o Dan tem um timbre de voz muito diferente do Jack (gosto dos dois timbres e, na real, da maneira que ambos conduzem uma guitarra então eles empatam). Enfim, voltando ao que realmente interessa, a dupla tinha um som bem cru - e muito bom - no começo com o Big Come Up. Era a batera, a guita e a voz. Só. O lance da linearidade é que aos poucos, no decorrer dos álbuns, a dupla foi experimentando novos sons. Bem devagar mesmo. E sem estragar nunca a identidade da banda. Então, na outra ponta da corda é onde está o Brothers.

No álbum, os caras apostam em muitos intrumentos e distorções diferentes. Cada música é realmente diferente da outra e os backing vocals se tornam parte do ritmo, junto com palmas. E já falando do disco, a música de abertura é tudo do que já falei sobre o álbum: "Everlasting Light" já mostra a diferença do som da banda em comparação aos primeiros álbuns. Backing vocals bem confortáveis, o Dan arriscando um falsete, toda uma harmonia por trás da bateria e da guitarra e voilà! Tasca musiquinha boa. E dona de algo de que gosto bastante - simplicidade - um som bom curtir e relaxar. Letra e música boa em "Next Girl". Riff melhor que o dela só a de "Howlin' for You". Não me sai da cabeça, até porque no finalzinho existe um "parararapá parararapá..." que é o riff cantado. Fiquei desde o dia em que escutei o cd até hoje cantando isso pelos cantos =D
"Black Mud" é instrumental e é bem blues. Gosto dela.
Curto a letra de "Sinistrer Kid" e é a que mais lembra os álbuns antigos. O solo então! É pra se passar horas viajando. Simplesmente demais.
Músicas como "Too Afraid to Love You" e "The Go Getter" se encaixariam perfeitamente na trilha sonora de um antigo anime que eu assistia, chamado Hellsing. Quem puder dar uma olhada, vale a pena. A trilha é excelente.
Mas de todas as músicas do disco inteiro e sendo piegas ou não, a minha preferida é "Tightem Up":



Muito boa! Ahauhuahua
Simples e digna de nota, essa música (e o clipe) me conquistou um sorriso que há muito eu precisava. Destaque pra molecada se pegando de pau no clipe e no batera batendo num moleque (diga-se de pasagem, todo o clipe ficou bom - criançada ruleia!).

O Brothers não é um álbum pesadão. Do contrário, eu relaxo bastante escutando ele. Tranquilo, sem frufrus e com um instrumental invejável. Dá pra deitar e escutar ele por horas sem cansar.
Vale a pena a cada segundo e valeu esperar só dois anos por um trabalho tão bem feito.

No meu novo dialeto recém conquistado, minhas palavras finais sobre esse álbum são só duas:

FUCK YEA!!!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

22 - First Impressions of Earth - The Strokes


Acho que nas últimas postagens tenho me referido demais a uma certa banda. Então como gosto dela e estava com ânimo pra escrever, vamos falar de Strokes.
Tá, tá, todo mundo já é careca de saber como os caras surgiram do nada e "salvaram o rock". Mas hoje eu vou contar como eles ME salvaram.
Bem, era 2006.
E eu estava largando as roupas pretas, os cuturnos e a pose de mau e querendo ouvir alguma coisa diferentona.
Foi numa manhã, fria como qualquer outra manhã curitibana de inverno, em que a tv me desperta com isso aqui:



Quer dizer, eu ainda estava com metal na veia e isso... essa guitarra do começo... nossa...
Fui correndo tentar ouvir outra música como fosse possível. Mas... esqueci o nome dela (dhã). Me lembrava que alguns dias antes alguém havia mencionado o nome de uma música deles que era bacana e tudo mais, a "Reptilia", e fui procurar o disco da banda que tinha qual música? A "Reptilia". Acabei comprando o Room on Fire assim. De longe (e óbvio) não achei essa música pela qual eu tinha me interessado tanto. Achei o Room on Fire legalzinho... Dei 7 pra ele na minha escala de classificação.

Depois desse erro, fui atrás da bendita música, descobri o nome e, finalmente, descobri o First Impressions of Earth.
E que cd bom!

Há quem venha com uma pedra jogue e fale "ui, é o pior cd deles!".
Sua avó em chamas quem é.

Eu comecei a escutar a banda através do Room on Fire, mas o FIOE foi o álbum que tornou o Strokes a minha banda favorita até meados de 2009! Eu escutei ambos e o Is This It de furar os cds. Era no meu quarto, na sala, na cozinha, no banheiro, no trabalho, na faculdade... Eu curti a banda cada minuto de cada disco. Sabia todas as letras (incluindo de b-sides) e foi graças ao FIOE. Falem o que quiserem do Is This It, ele é um álbum excelente, não há como negar. Mas o FIOE é muito melhor.
Por que?

Primeira coisa: maturidade musical. As composições do álbum são de desossar qualquer outro que já tenha ouvido. E acho que nunca ouvi antes um disco que tivesse tanto a ver com o título quanto este. As coisas realmente soam como impressões sobre o mundo, as pessoas e seus comportamentos.
Em segundo lugar, o capricho visual dado ao álbum (desenhos feitos pelo baterista, Fabio Moretti, brasileiro torto); cada desenho com uma mensagem escondida de alguma forma, mas todos relacionados à uma música.
E por último, a sonoridade. Muito diferente dos outros álbuns, no FIOE a banda aposta em uma levada muito diferente da que se via nos dois álbuns anteriores. Uma levada, diga-se de passagem, muito mais abrangente do que as mesmas distorções e baterias anteriores (que, se prestar atenção, quase nunca mudavam muito)...

Eu poderia (e gostaria muito também) de poder falar horas sobre este disco. Mas como meu tempo anda meio curto (e estou com uma avalanche de idéias para o mês de junho) então vou começar a falar das músicas (que é o que interessa).

"Heart in a Cage" foi a música que me trouxe para o universo incrível da banda. Uma entrada boa, uma letra simples e, preparem os ouvidos, ela é demais!. Antes dela e com um vocal mais invocadão, "Juicebox" é o que se pode chamar de "música-soco-no-queixo": é rockão pra ninguém pôr defeito. E o riff dela é demais também.
Gosto de "Vision of Division" não só pela sonzeira, mas também pela letra (que são duas em uma só):
Aí está a parte do encarte com a letra. Em letras brancas a letra é toda "vai se ferrar, estou cansado de você!". Em letras pretas, a letra é uma coisa não muito diferente, mas com outra conotação. Gosto de pensar nelas como letras separadas até porque na própria música, o Julian canta cada frase com uma entonação diferente - linhas brancas num tom mais agudo, linhas pretas em um tom mais grave.
Coisa fumada mesmo.
Acho que outra letra com seu devido merecimento é "Ask Me Anything". Não, não é aquele site em que as pessoas te perguntam um monte de besteira inútil... A letra é pra se refletir bastante.
"You Only Live Once" é bacana e me remete à classica do Queen "I Want to Break Free". Não pela letra, mas pela batera. (Sério, vai lá e ouve, pra você ver; é igual).

Bom, de todas as do álbum que eu poderia falar, a minha favorita (e a de muita gente espirituosa) é "Ize of the World". Esta música é a prova de que Julian Casablancas é um grande compositor e não só um bebadaço. A criatividade dele ultrapassa limites nessa música. Extremamente crítica ele me faz pensar em um mundo (o nosso) em que as pessoas de repente começam a fazer as coisas sem um grande propósito. Quase mecanicamente. Ele fala muita coisa interessante na letra e uma frase que me chamou mais a atenção foi "Am I a prisoner to instincts or do my thoughts just live as free and detached as boats to the dock?" (ou "Estou preso aos meus instintos ou meus pensamentos estão tão soltos quanto barcos em um porto?" em uma tradução não literal) e me fez pensar por horas...

Mas, filosofias à parte (ou não, já que este é um álbum que eu considero excelente pra se divagar por horas), o First Impressions of Earth é o que eu chamaria de álbum completo. E se em meados de setembro/outubro a banda lançar material parecido eu vou ficar muito feliz. Até porque, pô, já faz um tempão! Vamos trabalhar ae!

terça-feira, 1 de junho de 2010

21 - Mothership - Led Zeppelin


(Esse post vai ficar meio comprido, eu acho)
Me lembro que na metade do ano passado eu cheguei pra um amigo meu e disse: cara, conheci uma banda nova; o Led Zeppelin. Daí ele deu risada e murmurou um "tava na hora" com um sorriso que chamamos de Sorriso Edguy.

Piadas internas a parte; sim, eu demorei muito pra ouvir Led Zeppelin. Por que? Por dois motivos.

Primeiro porque me lembrava um pouco de metal (o vocal agudo de Robert Plant destruiria qualquer outro do metal, exceto talvez o do Bruce), e metal era tudo do que quis me afastar nos últimos anos. Não por ser ruim (escuto meus cds de metalzão até hoje), mas porque estava enjoado do metal; cansado de riffs pesadões e agudos (enfim, todo meu relato sobre fuga do metal está no primeiro post do blog, leiam se tiverem oportunidade).

E segundo, por causa dos fãs de rock antigo, e aqui vai uma pausa. Existem dois tipos de fãs do rock antigo. Existe o tipo "Paizão" e o tipo "Desbravador". O Desbravador é aquele cara que quando se interessa por música começa a gostar de música da sua época. Depois de ouvir muita coisa alguém vai lá e diz "cara, Strokes é legal porque tiveram influência do Velvet Underground". E então o cara vai lá e começa a procurar sobre o tal Velvet e porque eles influenciaram o seu Strokes. O cara começa a explorar bandas parecidas da época e vira fã de rock de todos os tempos.
Já o Paizão, não. O Paizão é aquele cara que acha que não existe música depois (ou até antes!) de 70 (ou da época dele). Danem-se influências, danem-se bandas boas, dane-se tudo; bom era aquele tempo e nada mais. Nada presta. É por causa desses fãs que eu nem chegava perto de bandas excelentes como o Led, o Sabbath e o AC/DC. É a mesma linha de raciocínio de metaleiro poser, esse "bairrismo musical". E eu queria distância disso.

Enfim, depois de vencer o tal "bairrismo" fui ver o que havia de bom com todo o povão de 80 pra baixo. E logo de cara conheci o Zeppelin. E conheci da maneira como sempre procuro conhecer uma banda nova, ou seja, ouvindo seu "The Best of". E este é o Mothership.
Bom, surpeendentemente foda, é como eu descreveria o álbum. Pense comigo: é o "greatest hits" de uma das melhores bandas da história. O CD TINHA que ser bom.
E é.

A começar pelos músicos. Robert Plant, Jimmy Page, John Paul Jones e seu xará John Bonham. Os caras mandavam bem pra cacete (a despeito de o Jimmy Page ser meio avoado). E por mais que eu seja um vocalista e inveje a potência do vocal do Plant, acho que o melhor membro do Zeppelin é justo aquele que não está mais entre nós. Como diria um amigo meu, o Felipe: quando você escuta a bateria do Bonham, você sabe que é ele quem está tocando. O cara apavorava! Se liga no básico que ele fazia com duas baquetas na mão:



Disse básico porque esse solo leva uns bons quinze ou vinte minutos! O cara é o precursor do movimento Fresh Pots heheheh

Bom, o disco é inteiro bom. Vale a pena ouvir ele inteiro, no talo. Eu vou comentar as múscas que mais ouço, mas na real o cd não pára quando eu estou escutando; ele termina e começa de novo. Ou melhor, eles terminam e começam de novo. Porque o Mothership é duplo!
Do primeiro disco eu fico com "Dazed and Confused", "Babe, I'm Gonna Leave You", "Whole Lotta Love" e "Black Dog". Do segundo eu gosto muito de "Kashmir", "Over the Hills and Far Away", "In the Evening" e "Houses of the Holy".
Mas de todas as do disco (24 músicas no total) a que mais me faz querer ouvir um disco inteiro é "Rock and Roll". Independente de ter sido a primeira música que conheci dos caras, independente de ser extremamente adorada até o ponto de enjoar por fãs ao redor do globo, independente de ser ultra clássica, independente até de eu fazer cover dela com minha banda, independente de tudo; essa música, na versão deste disco, é demais.
Vocal destruidor, bateria destruidora, solo matador e um baixo que não pára. "Rock and Roll" merece o nome que tem e o representa mais do que satisfatoriamente.

Bem, depois de todo esse papo, eu só posso dizer que lamento o fim da banda e a morte do meu membro preferido. Não sou O Fã da banda, mas o som que eles faziam faz falta hoje em dia, na (no mínimo enojante) era "Happy Rock".
Mas não temam, pessoas. Apesar de não existir mais um Led Zeppelin, há de se levantar alguma banda para livrar o mundo dessa tirania.

Que isso aconteça de vez, é pelo que eu torço.