quarta-feira, 28 de julho de 2010

26 - Have a Nice Day - Bon Jovi



Então, lembram daquela introdução de umas postagens atrás sobre o "Nunca"? Aquele maldito "Nunca" que a gente diz e depois tem que amargamente dar pra trás? Pois é... Eis aqui um maldito "Nunca".
Vivia dizendo pra quem quisesse ouvir que Bon Jovi era furada; que aquele cara era um monte de coisas; que o tempo dele passou; que ele tinha uma boy band do rock...
Enfim, no primeiro ensaio da banda em que canto atualmente finalizamos o ensaio com uma das poucas músicas do cara a que me dava o luxo de ouvir. Não (só) por ser um clássico, mas por ser uma música boa de fato:



Sim, essa música é muito boa.
Mas até aí isso era tudo o que esse cara tinha de bom (isso e "Wanted Dead or Alive", "It's My Life", "I'll Be There for You" e mais uma ou duas).
Daí você me pergunta: "Thomas, seu ex-metaleiro de me@#$, você pelo menos se deu ao luxo de OUVIR algo do Bon Jovi?"
Não.
Ou melhor: não até o começo deste mês.
Estava eu em casa distraído e sem nada pra fazer pensando em muitas postagens pra este mesmo blog, mas sem nenhuma empolgação maior que me trouxesse vontade de escrever sobre uma banda em especial. Então o que eu fiz? Coloquei meus poderosos (e ainda aumentando) 30 GB de músicas do Media Player no shuffle e fiquei lá escutando. Então, de uma hora pra outra eu escutei uma música realmente legal.
E quando fui ver quem cantava, adivinha quem era...
Enfim, aquilo realmente me surpreendeu, porque achei a música incrível. Repeti a bendita umas noventa vezes só de incredulidade.
Eu tenho há algum tempo boa parte da discografia desse cidadão no meu PC e nunca nem tinha pensado em ouvir. Mas essa música que me chamou tanto a atenção (já digo qual, guenta ae) me fez olhar pra o trabalho do cara com outros olhos. E como não bastasse, lembrei-me então das palavras do sábio Dean Winchester: "Bon Jovi rocks, on occasion".
Deixei então a birra de lado e escutei os discos do cara.

Aqui vai um porém. Gostar dele não significa amar cada maldita música que ele faz. Existem álbuns excelentes e existem álbuns horríveis; como no trabalho de qualquer músico e/ou banda... Isso faz parte.

Mas deixando isso de lado, o que ele faz de bom ele faz MUITO BEM. Isso foi algo que tive que admitir logo de cara. E de todos os álbuns que pude escutar o que eu mais gostei foi esse, o Have a Nice Day.
Os mais tradicionalistas devem gostar dos outros mais antigos (e alguns são realmente bons), mas esse mexeu comigo. Não só pela sonoridade excelente, mas também pelas composições ultrafodásticas do álbum todo. Porra, não tem letra ruim! É uma melhor que a outra!
A começar pela música que caiu naquele shuffle:



(Putz, essa música me arrepia toda vez que escuto!)
"Have a Nice Day" abre o cd como nenhuma música do disco conseguiria abrir. Pancada na cara, a letra dessa música é alucinante. Esse disco todo, como disse antes, só tem letras incrivelmente boas. Essa é toda boa e tem um refrão matador.
Gosto bastante de "I Am" também, por ser extremamente feeling na veia. De repente com esse disco me veio vontade de escutar boas baladinhas e foi o que descobri que esse cara faz muito bem feito. "I Am" é uma das melhores do disco por ser esse tipo de baladinha não piegas e com letra destruidora que eu tanto gosto. Outra que entra no mesmo esquema é "Bells of Freedom". Cara, sério, aquilo (se não está) deveria estar numa trilha sonora de filme, principalmente nessa nova era em que até filmes ruins tem uma trilha sonora interessante (lálálá, não falei nome nenhum...). Fechando o ritmo de baladinhas (que na verdade me parece ser a alma do cara - e isso é bom) eu gosto também de "Welcome to Wherever You Are". Acho que é uma das músicas mais bonitas que tive a oportunidade de escutar recentemente. Esta divide acirradamente o posto de minha música preferida deste disco com "I Am", mas ambas tem conotações bem diferentes. Vou longe em ambas.
O disco também tem músicas mais pesadas, na levada de "Have a Nice Day". Aqui a coisa fica por conta de "Last Man Standing" - que tem até um riff mais metalzão (e eu fiquei felizaço). "Who Says You Can't Go Home" é boa também, mas não chega a ser a que eu mais escuto.
Acho que "Dirty Little Secret" é ótima e junto com "Story of My Life" fecha o disco de maneira espetacular (apesar de a segunda ter mais cara de música de encerramento e dona de um solo matador - mas pff, isso são detalhes). Além de um solo massa, tem algo nela (ou no refrão dela) que fica na cabeça. Muito boa mesmo.

Depois de toda essa enxurrada de post, fiquei feliz de saber que a banda vem pra cá este ano ainda com a turnê do disco novo (The Circle de 2009) em Outubro. E os ingressos nem estão tão caros (apesar de não haver show aqui na minha cidade... saudades da Pedreira)! Eu vou me esforçar pra ir, já que o cara me fez dar o braço a torcer e conquistou um novo fã.

Me despeço por aqui também pedindo desculpas pelo grande recesso nas postagens. Julho foi um mês relativamente corrido e acabei não mantendo minha regularidade aqui.
Mas agosto será um mês diferente.
Cuidem-se.
E nunca digam nunca...
(Maldito Bon Jovi e suas músicas fodas...)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

25 - The Funeral Album - Sentenced (recordar é viver)


Em tantas postagens eu tenho falado a mesma coisa sempre: em 2006/2007 eu joguei o metalzão pela janela; cansei de ouvir as mesmas coisas; fui atrás de novos horizontes...
Bem, isso em nenhum momento significa que tenha parado de ouvir metal. Significa que parei de ouvir SÓ isso. Ampliei minha receptividade musical.
Mas de vez em quando me bate uma vontade massa de pegar um dos meus cds e colocar no talo pra headbangear e pirar, ou só levantar minha moral.
E uma das bandas das que eu mais curto até hoje é a Sentenced.
Ou foi a Sentenced.
Esse disco marcou o fim da banda.
Lamentei pra cacete a perda.

Algumas pessoas conhecem a banda de um dos raríssimos clipes que as emissoras transmitiram (todo cortado) na TV. É uma música muito boa, por sinal:



(Putz, o Crimson é demais)
Eu conheci a banda através desta música e gostei bastante. Depois acabei ouvindo os outros discos, gostei particularmente do Cold White Light e a partir de então lembro que comecei a contar os dias para o disco que prometia ser o mais fodão de todos.
Infelizmente soube que seria o último também. Motivo?
Nada especial.

Na verdade acho que foi o motivo mais maduro e honesto pra uma banda terminar.
Brigas? Conflitos? Estrelismo?
Não, nada disso. Os caras simplesmente acharam que a banda já tinha feito um trabalho legal e não queriam passar os próximos 40 anos na mesma. Resolveram seguir rumos diferentes, mas sem perder a camaradagem.
Só isso já me valeu a espera pelo disco.
O disco saiu no fim de 2005 (pelo que me lembro bem) e me deixou fudidamente bem.
Eu gosto de Sentenced porque, apesar de serem letras pesadonas, nunca me deixaram pra baixo; do contrário, cada vez que escuto a banda eu pareço me emputecer com o mundo de uma forma tão destruidora que ganho um ânimo renovado pra me livrar daquilo que me faz mal.
Revigorante é a palavra.

E desse disco, nenhuma outra música senão "Vengeance Is Mine" pra representar tudo isso. Ela é um soco na cara e uma joelhada no saco, misturada com um foda-se extremamente bem mandado. Foi a primeira do disco a que eu tive o prazer de ouvir e acho que já ouvi ela umas boas 200 e tantas vezes. Não me canso dela.
O álbum abre com "May Today Become the Day", com uma letra no melhor estilo da banda com direito à dupla interpretação da letra. Isso fica pro fim da música numa interpretação de tradução para "Aim high!" que pode ser tanto "Mire bem!" ou, numa outra hipótese, "Não desista!" (na verdade é mais profundo que isso, mas aqui no blog eu não exerço minha profissão). Sublime.

"Ever Frost" foi a música que a banda utilizou pra enterrar a si mesma. No clipe dela, os integrantes... Ah, vê aí:



Eu não gostava de "We Are But Falling Leaves" até anteontem quando comecei a postar. Achava o começo meio podrão, mas céus, a música destrói!
Lá pela 11ª música encontramos o maior soco na cara do disco: "Drain Me". A letra é bem "vá tomar no meio do...". Muito boa.
Gosto da música que fecha o CD e ela, "End of the Road", não poderia ter finalizado melhor o disco; nem tanto pelo nome, a letra ou nada disso.
Ela parece realmente marcar o fim de algo.
Como se banda e disco tivessem desejado um final com ela.

Eu não abandono a postagem sem falar da melhor do disco na minha opinião.
E essa seria "Despair-Ridden Hearts". Acho que essa é a música dos caras que eu mais curto. A simplicidade dela, a gaita no começo sonhadora, o refrão, o solo e o final. É uma música com medida perfeita e letra perfeita.
Vale o disco inteiro sozinha.

"Tá, mas e daí? A banda acabou. Pra que fez esse post?"

Fiz porque me peguei ouvindo meus cds de metalzão recentemente e porque apesar de a Sentened estar extinta, a Poisonblack apenas recomeçou a trabalhar.
E em discos muito bons.
Algum dia de nostalgia ao metal eu posto sobre ela.
Abraços!
E nesse mês têm coisa boa!
Aguardem.