domingo, 28 de fevereiro de 2010

06 - Myths of the Near Future - Klaxons


Atenção: esta postagem pode causar devaneios, insônia, insanidade temporária e dependência auditiva.

Ah, o Klaxons...
Faz uns dois anos que nem mexia no CD. Nem o escutava na verdade. E por incrível que pareça, até preferia manter distância dele. Por que? Seria ele um disco ruim? Seria ele um disco enjoativo?
Não, nada disso.
É porque ele é MALIGNO, cara!
E não falo maligno como "Dick Vigarista". Ele é pior que o Coringa  no Piada Mortal (coisa de nerd...).

Enfim, me lembro como se fosse ontem... Um dia acordei de manhã pra ir trabalhar em 2007 no museu de anatomia onde ficava e costumava usar a TV como despertador, geralmente sintonizada na MTV pra acordar com algo bom...
E neste dia acordei com o clipe desta música passando:



Achei que meu cérebro ía exlpodir de tão fumado que é esse maldito clipe. Fiquei prestando atenção nele até o fim e anotei mentalmente o nome da banda que tocava a música (porque gostei demais de algo nela que não sabia explicar o que era...).
Os dias passaram e achei o cd deles pra comprar. Uma pechincha. Levei pra casa pensando em um possível arrependimento por comprar um cd de que só havia ouvido uma música. Eu costumo muito fazer isso, por sinal, mas raramente me arrependo. Geralmente uma banda boa o suficiente pra fazer uma música excelente tem condições de ter um disco todo bom (exceto talvez pelo Extreme, mas eles não existem mais... ou existem?) Mas... eu tive que tentar.

De repente, ao colocar o cd no meu som, comecei uma viagem.
E que viagem! E parafraseando os caras do stand up de sucesso "Hermanoteu na Terra de Godah": eu nem tinha fumado naquele dia!
O som do Klaxons é "New Rave". Sei lá o que esse estilo tem de bom, mas na falta de saber explicar eu posso dizer que ele tem guitarras, riffs, bateria legal e sons psicodélicos. Pra mim sendo "New Rave" ou não, ainda soa a Rock. Indie, mas ainda rock.

O "MOTNF" (cds de nomes longos...) é fumado demais. Se você presta atenção nele e nas letras, claro dá pra ir longe conspirando com o álbum. Se for xeretar o encarte, então...
E assistir aos clipes, um mais fumado que o outro e aos montes. Acho que das dez faixas do disco apenas três ou quatro não foram levadas ao estúdio para serem imortalizadas em alguma psicodelia em vídeo.

Falando do CD e das faixas de que gosto eu começaria sugerindo "Atlantis to Interzone". Ela começa com toda uma cara de música eletrônica com aquela chamadinha ("DJ!") seguida daquela "sirenezinha". Mas depois entra o lance bizarro do Klaxons de cantar com vozes sobrepostas e a música evolui até o refrão em que as guitarras aparecem de verdade e a batera também. Show de bola! "Gravity's Rainbow" (a música que me apresentou ao maldito do cd viciante) tem um começo mais rock e desce o riff logo de cara. Apesar de não ser bem a minha favorita, acho ela uma das melhores da banda e tem uma pegada diferente das outras.

Em um ritmo mais calmo, mas não menos estranho, temos "As Above, So Below" e "Golden Skanks". Da primeira eu gosto pelo jeitão "sombrio" da música toda. Se pegar ela pra escutar e prestar atenção em todos os sons macabros no fundo é de se arrepiar. Muito massa.
"Golden Skanks" foi uma das mais (se não a mais) populares do grupo. Demorei pra gostar dela. Até em propaganda de shampoo colocaram ela no meio! Mas a despeito disso, ela reforça ainda mais aquele lance das vozes sobrepostas que comentei ali em cima. Aqui o jogo de vozes é brilhante, na verdade! Depois que passei a gostar dela, lamentei que ela seja tão curta... Outra com um jogo de vozes interessantes é "Two Receivers". Aquela levadinha do fim da música com três partes da letra sendo cantadas ao mesmo é sublime demais.

Não sei bem o que é (na verdade sobre o disco todo eu tenho essa sensação), mas eu gosto de "Forgotten Works". Aquele grito que precede o refrão me ajuda muito com meu argumento de disco do "lado sombrio". Mas mais macabra do que todas elas juntas em matéria de letra (e porque eu falo que esse disco é maligno) e vocais é "Four Horsemen of 2012". O título já dá uma idéia da coisa, mas a letra e o gutural do fundo são apocalípticos demais! E sabe o que é o pior? Eu curto essa música heheeh

De longe minha preferida dos caras, "Magick". Dona do clipe mais simples e, ao mesmo tempo, mais bizarro da banda (e a maldita Polydor não quer que ninguém coloque em lugar nenhum, humpf!). Eu já curtia a música desde o primeiro momento em que a havia escutado, mas quando vi o clipe e todo aquele lance de ritual eu fui ao delírio. Nas raras vezes em que escuto o cd (raras para não ficar preso aos fones pelo resto da existência) e ouço a música, o clipe me vem imediatamente à cabeça. É demais!

O cd inteiro é viciante. Sem motivo racional.
Todas as pessoas (juro, sem exceção) pra quem apresentei o cd ficaram uns dias ouvindo o cd e achando ele bom, mas sem saberem explicar exatamente o que faz dele "tão bom" (talvez só um amigo meu saiba me explicar... ou não)...
Macabros, psicodélicos ou seja lá o que os integrantes sejam, fato é que ficaram um bom tempo sem lançar nada de novo. Falta de vontade? Nada.
Este ano, depois de uma longa espera e um ou outro problema com a gravadora, Surfing the Void foi lançado pela banda com uma capa legal, mudança na formação da banda e com mais músicas fumadas. Não chego a dizer que é melhor ou pior que Myths of the Near Future; acho que os dois se completam muito bem e proporcionam excelentes horas de boa música para um bom ouvinte.
Lamento não ter conseguido postar aqui nenhum dos clipes oficiais, mas não os encontrei disponíveis para a postagem em lugar nenhum...
Todos eles podem, entretanto, ser encontrados no Youtube. Vale muito a pena conferir.

Abraços e tentem não ser abduzidos pela banda, hehehe...

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

05 - Chronicle Vol. 1 - Creedence Clearwater Revival



CARA#$@!!!

Sério, não gostava de Creedence!

Não que achasse ruim (e não achava mesmo).
O problema sempre foi que, porra!; só ouvia "Bad Moon Rising" em toda a volta de viagem de praia; em todo o maldito seriado em que existe um personagem que curta rock antigo; em todo barzinho; em todo The Best of alguma coisa...
Parecia que a maldita música estava em tudo o que era lugar! E, de novo, não que achasse ruim, mas é como você ser um fã de AC/DC e ficar vendo os lugares onde a galera coloca “Highway to Hell” pra tocar... Em qualquer trilhazinha de filme que queira pagar de foda lá está ela. Perde a graça, saca?

Mas então em um belo dia dentro de um carro com um amigo meu estávamos ouvindo um cd de rock antigo (não clichê) quando uma música simplesmente alucinante tocou:



Depois de ficar anos ouvindo sempre os mesmos álbuns de bandas mais contemporâneas (chique, não?), ouvir algo como o Creedence foi DE-MAIS!

Mas meu amigo não se lembrava do nome da banda no momento em que me mostrou a música.
Depois de umas semanas ele me enviou o mesmo vídeo acima e então meus ouvidos se viraram para o Creedence Clearwater Revival por trás da maldita e famigerada (mas nem por isso ruim) "Bad Moon Rising". E como já é uma tradição para mim em matéria de conhecer bandas novas comprei o Chronicle, que nada mais é do que um The Best Of dos caras.
E, claro, se tratando de uma coletânea de Hits, o disco não deixa em nenhum momento a desejar.

Veja bem, nunca fui muito fã de música mais antiga (não tanto quanto sou hoje, pelo menos...), mas não tem como ouvir um álbum assim e fingir que é “bonzinho” ou razoável”... O troço é incrível! Tanto que foi esse disco junto com o Mothership da Led Zeppelin que me mostraram o quanto essas bandas eram donas de uma qualidade que poucas têm hoje em dia!

O Cd é inteiro bom e bem oscilante entre músicas pesadas e mais tranquilas.
A oscilação é também bem aleatória. A música de abertura é “Suzie Q”. Um cover muito do bem feito, pra se dizer. Outra que não há do que se dizer mal é a que vem em seguida, “I Put a Spell on You”. Boa demais na versão em que está e acho que só perde para a (macabra) original. “Proud Mary” eu conheci através de uma pessoa especial e só não me mostrou todo o CCR antes porque esqueceu (cof, cof...). Gosto de “Green River” pela pegada dela. Gosto muito e não sei bem o por quê. Essa e “Commotion”.
“Fortunate Son” me lembra muito o som da Janis, tanto no vocal do Fogerty quanto no instrumental (escuta lá e vai dizer que não!).
Acho que uma das que mais me deixa susse é “Looking Out My Back Door”. A melodia e a distorção das guitarras me relaxam só de escutar um pouco. Tranquila demais...
Outra clássica (como se as outras não fossem...) “Have You Ever Seen the Rain” me transporta direto para o melhor ano da minha vida e só tenho boas recordações dela. Se soubesse que era do CCR eu teria virado fã há muito, muito tempo atrás!
“Hey Tonight” tem uma das letras mais fáceis de cantar (dhã) e é uma boa música pra levantar a galera numa festa.
Mas minha preferida se mantém a que me foi apresentada: “Travelin’ Band” é destruidora. Acho que se eu fosse da época eu iria furar vinis de tanto que iria ouvir essa música! É rock na veia, cara! E da melhor qualidade!

Por mais famosa que seja a Creedence (embora hoje em dia infelizmente nem tanto), dá pra ouvir um cd inteiro de uma banda simples e realmente boa de rock das antigas como essa e ainda pagar pau! Pena que hoje em dia é só o Fogerty fazendo tour por aí...

Não sendo a “Bad Moon Rising” eu recomendo a banda por completo (zoeira, eu gosto dela).
Vale a pena cada minuto do disco todo e dos outros também, já que os álbuns por si são todos muito bons.

Despeço-me com satisfação nos ouvidos.
Abraços!

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

04 - In Your Honor - Foo Fighters




O Foo Fighters se tornou minha banda favorita depois dos Strokes ficarem quatro anos sem notícias.
E tenho que dar o braço a torcer; eu conheci a banda há anos, em uma época em que tudo o que fosse diferente de Heavy Metal era lixo pra mim. Quando escutei pela primeira vez ("Learn to Fly") detestei e tentei achar todos os mais cretinos motivos pra não gostar. Na época uma ex minha adorava e, quando ouviu as razões por eu não ter gostado da banda ela riu e disse algo como "um dia você vai pensar diferente".
Pois bem, os anos passaram, passei pela minha revolução musical e qual foi uma das bandas das quais comecei a gostar?

O clipe que me acordou pra vida foi muito bizarro:



Os caras são realmente muito bons mesmo no que fazem. O primeiro cd deles (selftitled), por exemplo, na verdade foi o trabalho todo de um homem só: Dave Grohl. O cara fez o disco sozinho (entenda sozinho como: ele estava realmente a fim de continuar a ser músico depois do fim do Nirvana. Então ele foi pra estúdio e gravou instrumentos e voz - um por um - e fez o disco. Depois ele arranjou o resto da banda)!!!

Não tem disco deles ruim. Desde o primeiro, o "Foo Fighters", até o último, o "Echoes, Silence, Patience & Grace" (e agora, claro, o Greatest Hits), o trabalho muda um pouco, ganha outros focos, mas não decai. Por isso foi difícil ecolher um álbum deles entre tantos pra se falar. Páreo duro contra o "The Colour and The Shape", o "In Your Honor" ganhou. Por muito pouco, mas ganhou. Ele foi o primeiro disco da banda que eu comprei. Paguei barato num sebo e nem sabia que ele era tão bom. Mas, pelo John Bonham... O cd é bom pacas! E é duplo.

Cada um dos dois discos tem um estilo completamente deiferente. Um é todo guitarras, distorções, baterias rápidas e drives vocais. O outro é violãozinho, gaita, coisa lenta mesmo. Como muitos cd's (não só deles), este também aparenta ter uma história por trás das composições. É meio romântico e talz, mas nada meloso. Então comecemos pelo primeiro:

Como eu disse, os dois são bons, mas quem curte batidas... hã... fudidas mesmo vai amar este aqui. Ele começa com a música que entitula o cd. E dá a base da história toda. Eu vejo como a história de um cara que gosta muito de uma mulher. Na primeira música ele faz uma espécie de declaração dizendo que ele se sacrificaria e qualquer outra coisa para que ela se sinta bem. Outra conotação pode ser dada se você ironizar a coisa toda. Neste caso, ele guarda mais mágoa e então a música soa mais como um desabafo; algo do tipo "você já ferrou toda a minha vida, então se você quiser eu me mato e você se sente ainda melhor... Vaca". Este disco é todo Hits (que eu me lembre, três ou quatro músicas desse cd são bem famosas). O cd é meio seqüencial, então se você pega uma daquelas tardes boas pra ficar ouvindo, ponha o fone no ouvido e escute sem mexer no som: parece uma música só.
Esse cd tem vários destaques. "Best of You" parece agradar a todos os fãs da banda e é raro ouvir alguém que não tenha gostado da letra, da melodia ou dos dois. "DOA" é uma das músicas de que eu mais gosto no mundo! A sonoridade daquilo é muito boa! Tem "Free Me" que é bem pesada também e aqui os drives do Dave parecem ter ficado meio death metal.
"Resolve" é a baladinha perdida no cd. Suave e tranquila, mas com uma letra realmente muito boa (isso ae, o cara fala de saudade com classe), é uma das que ganha o cd. É uma música bem original, apesar de ser meio enjoativa se você ouve ela muito tempo.

E o segundo cd começa sei lá, calmo, tranquilo e simplista. Na verdade gosto muito deste disco.
Sou um cara relativamente romântico e, bem... Todo o segundo disco é dono de algumas das mais bonitas composições da banda.
Gosto de muitas das músicas dele (e são só dez), mas o contraste com o disco um é gritante.
Nada como "Still" e "What If I Do" pra dar uma relaxada. Fora que esta última tem uma letra simples de mais (e boa demais por isso).
"Miracle" tem o formato de baladinha quase perfeita. Apesar de ser meio repetitiva, gosto da harmonia dela como um todo.
Em "Another Round" encontrei a letra mais casual que já vi. Acho que tanto quanto ela só "Is This It", dos Strokes. "Como assim, casual?". Sei lá, uma letra mais espontânea. Quase parte de uma conversa. O refrão então:

"Você pode dar mais uma volta?
Eu seguirei você por onde você for"
(tradução não literal)

Destaque para o solo de gaita no meio da música; apaixonante.
"Virginia Moon" nada mais é do que uma Bossa Nova genérica no meio das melodias suaves e acordes sutis.
E em "Cold Day in the Sun" pode-se ouvir o Taylor (baterista) nos vocais. Eu não havia me tocado disso até ver no meu DVD:



Foo Fighters é uma banda que não me encho de ouvir.
Mesmo com o atual recesso desde o ano passado, devido aos projetos paralelos dos membros da banda (tais como o Them Crooked Vultures, ou a banda do Taylor com os Coattail Riders), eu consigo sempre achar algo de bom pra ouvir (e até coisas novas de vez em quando!).

Depois de algum tempo sem muitas notícias, me parece que ano que vem finalmente sai material novo.
Ainda bem que o recesso não vai ser tão grande (apesar de eu duvidar muito que alguma banda venha a representar pra mim o que eles representam).

Abração ae

domingo, 21 de fevereiro de 2010

03 - Yours to Keep - Albert Hammond Jr


Bom, esse foi um cd que marcou muito a minha vida (desde que ela virou uma bagunça há uns seis anos atrás).

Por que um cd com capa de cenário Disney com coelhinhos mexeram com um cara barbudo, chato e carrancudo como eu? Simples: na época eu não era nada disso:

Não fazia História, fazia Biologia;
Meu cabelo era curto, não comprido (e agora uma versão bizarra de cabelo estilo Tim Burton);
Eu era uns dez quilos mais magro, mas não era lá muita diferença;
Eu nem sonhava em ter barba;
E começava minha singela jornada fora do mundo do (já famigerado) heavy-metal-poser...

Conheci minha (outrora) banda favorita bem na época em que os caras foram dar um passeio (que não acabou até agora): The Strokes.
Os safados me tiraram do metal com duas ou três músicas do First Impressions of Earth e depois só perderam o posto para o Foo Fighters (porque é, de fato, uma banda muito melhor na minha humilde e realista opinião).

O Yours to Keep foi feito na folga de um dos guitarristas, o Albert.
Vejam bem, pra quem só ouvia Hammerfall o dia inteiro, se deixar levar por uma ou duas baladinhas safadas não é fácil! E o cara fez isso e mais. Me fez ficar com as músicas na cabeça o tempo todo! Ele pegou fundo.
Um ano depois na verdade.

Nunca havia me preocupado muito com letras, só melodias, mas 2007 foi diferente. Porque conheci uma pessoa diferente (sempre uma pessoa diferente...). E na tristeza em que atravessamos na época, uma das músicas me chamou a atenção, não só pela qualidade, mas também (e paradoxalmente) pela simplicidadefoi essa:



Foi uma música muito marcante mesmo (e foi a primeira que tirei no violão quando comecei a aprender!).
Mas enfim, sempre tentei achar esse cd, que apesar de bom era impossível de ser comprado pelo meu reles mortal salário e/ou falta de cartão de crédito XD
Recentemente, ele me foi dado por um grande novo amigo e desde então minhas tardes tem sido menos nubladas, apesar de todas as circunstâncias.
Não só pelas baladinhas e tudo mais, mas realmente gostei da voz do Albert musicando tudo.
É um trabalho muito diferente do que ele faz lá com os Strokes, por exemplo. Acho que o timbre de guitarra dele ainda tem muita personalidade e dá pra saber quando é ele quando se ouve as músicas. Mas nossa, não tem nada de parecido com um Is This It, um Room on Fire ou um FIOE. E isso é bom! Mostra que o cara tem idéias boas fora da banda (já fodona, com o perdão do termo).

O álbum tem um total de dez faixas na versão original (e mais duas na que eu tenho).
Dou bastante destaque para a letra de "In Transit". É uma composição tão (vai soar repetitivo, mas não encontro palavras melhores pra descrever) simples, mas tão boa que consigo escutar um tempão dela. Aliás, composições assim são dominantes no cd. "101" é outra que tem um riff sossegado, um clipe legal e vocal tranquilão:



Em "Call an Ambulance" uma historinha divertida sobre um cara conhecendo uma moça em uma situação inusitada. Sinceridade ruleia nessa ae hehehe
O solo de "Holiday" vale a música inteira e se eu fosse falar de "Blue Skies" mais uma vez o post dobraria de tamanho...
"Postal Blowfish" é a mais pesada do disco na versão que eu tenho. É uma música legal e só lamento ela ser tão curta (assim como o resto do disco).

Estou também falando do Albert porque ele é um bom guita e mais um que se afundou em drogas e foi pra uma clínica (atrasando em mais alguns meses o "Chinese Democracy" do Strokes - já que um cd novo já era promessa depois de quatro anos de espera).
Mas agora o cara está firme e forte e ele, Julian e companhia estão em estúdio mais uma vez pra agilizar o quarto álbum. Vamos ver no que dá...

Se tiverem oportunidade escutem os álbuns do Albert (o Como te Llama? também vale a pena, apesar de ter uma sonoridade diferente). 
Vale a pena.

Yours
To
Keep
Forever

02 - St. Elsewhere - Gnarls Barkley


Como citado na primeira postagem deste humilde blogueiro que vos fala, o meu gosto musical se expandiu muito depois de jogar o metal pela janela. Eu parecia o bebê Yoshi do Mario: o que aparecia eu traçava (hm, acho que essa não foi a melhor das minhas metáforas, mas enfim...). Claro, exceto pelo que eu não considero pessoalmente como música... Mas foram muitas bandas ao mesmo tempo. E uma delas, a primeira que resolvi comentar: Gnarls Barkley.

"Mamamamama, Thomas! Esse tipo de música? Logo depois de citar Doors! Chega a quase ser heresia!"

Não, não é não.
Os caras são fodas.
Pense no seguinte: não é um tipo de música classificável. Tudo bem que não é rock, concordo. Mas gente, quantas duplas assim realmente boas apareceram nos últimos anos? Boas não falo de caras com capacetes de moto robotizadas que cantam letras quaisquer. Falo de trabalho bão mesmo.

Acho muito estranho o estilo do Gnarls Barkley. Os caras tem uma pegada bizarra; misturam de tudo nas músicas se tratando da batida e da melodia e as letras são elaboradas demais apesar de serem meio depressivo-reflexivas (não, eu não faço psicologia): música de fossa, música rápida, música de quebrar as pernas de gente ignorante, música pra desabafar... Enfim: os caras têm uma versatilidade do inferno! E o pior de tudo é que o som deles é massa.

Saca só:



Ele tocou vestido de Darth Vader! Só por isso o Cee-lo Green já merece meu respeito. Mas mais do que isso ele e o Danger Mouse (o DJ de óculos escuros e black power) conseguiram algo realmente bom: criaram uma música chiclete (sim, é, fazer o quê?) sem que ela seja um lixo. Aliás não existe ser vivo que não tenha ouvido em comerciais, clipes, e-mails com apresentações em power point, rua, boteco, radio, internet, enfim; em algum lugar você ouviu "Crazy"! Aquele "CRAZYYY!" demorado, agudo, quase coisa de gente louca (dhã).
E tenho que dizer como esta música é boa.
Tudo nela é boa.
Céus, o clipe original dela é ótimo (infelizente não o encontrei em formato de compartilhamento) e foi uma das inovações em matérias de clipe. Todo o trabalho com o Rorschach e os caras cantando ficou simplesmente demais.
E por mais que seja poserismo, dane-se: é minha preferida! Ela ruleia!

Este cd aqui veio tarde, mas veio. Quando tiro ele pra ouvir, escuto demais. Não só pela "Crazy". Outras faixas de destaque são "Go Go Gadget Gospel" mostrando ao que veio logo como primeira faixa. Tenho um gosto particular por "Just a Tough" , de longe uma das melhores composições do disco, e o instrumental dela me lembra uma ou outra música do Gorillaz. "Who Cares?" é muito boa também e se você parar e fumar um pra refletir sobre aquela letra você vai looonge... No começo da "Necromancer" há um "wake up" que me lembra uma música do Doors que começa igual (idêntica).
Não sei porque, mas acho a "The Boogie Monster" muito cômica. Não sei bem se é o clima em que ela me põe... Só ouvindo pra saber.

O ruim é que o cd é curto demais! Tanto o "St. Elsewhere", quanto o "The Odd Couple" (o mais recente dos caras) têm cerca de meia hora de duração, mas com uma complexidade que poucos cd's de 79 minutos têm.

Infelizmente há uns dois anos sem lançar nada de novo, Gnarls Barkley me deixa saudades.
Presto minhas homenagens a cada Craaaaaaaaaaaazyyyyyyy que eu grito.
Enlouquecedor, é a palavra do dia.
E tenho dito.

01 - Introducing a New One




Durante os últimos anos a música invadiu a minha vida. Não que isso seja da conta de alguém, nem nada assim, mas é que... sei lá! O troço entrou na minha cabeça e não sai mais. Foi como um amor à primeira vista: no começo você finge que não é com você, tenta desbaratinar e seguir em frente, mas no fundo você sente coisas estranhas no seu interior. No meu caso era mais uma vontade alucinada de perder umas três tardes ouvindo cd's recém-adquiridos e tudo mais pra ir atrás de outros e outros e mais outros. Talvez você pense "Pff, porcaria de bostão consumista, é isso o que você é, e devia estar num manicômio!". Mas não é só consumismo (até porquê o nome do acesso ao meu outro blog é "nenhum puto no bolso"). Houve um tempo em que eu era muito fechado pra esse tipo de coisa. Era daqueles metaleiros pra quem você chega com uma música alucinante, oferece o fone pro desgraçado ouvir e ele, com uma cara ruim, olha pra você e pergunta: É metal? E se não for, então o cara já ouve de má vontade e até ri ou desdenha quando devolve o fone. Perda de tempo total pra você e pro cidadão.
É claro que não deixei de ouvir meu metalzão de vez em quando; só descobri que a música é bem mais do que pedais duplos, vocalistas com falsetes e guitarras alucinadas em descobrir qual a mais frenética. Não que todo metal seja assim. Existe coisa boa mesmo. Timbres únicos de voz (sem falsete - de vez em quando é, talvez, necessário soltar um, mas não faça músicas inteiras assim, numa boa), melodias e letras excelentes e muito trabalho duro para fazer música alta (e boa) o suficiente pra que um bando de cabeludos bêbados a ouçam em um campo de batalha que é um bom show de metal (não interessa o tipo de metal). Mas existe o ROCK. Não pretendo aqui classificar os quatrocentos e dezesseis tipos diferentes de rock; aqui ele será tratado como uma coisa só. Até porque você pode colocar qualquer coisa na frente de metal, core e rock e isso vira um estilo: chicken brut metal, sofa core, easy water rock e por aí vai... Mas existe o ROCK. Também tem guita, baixo, teclado, bateria e vocal. Mas sei lá. Dá pra acompanhar, entende? Não são dez dedilhadas por segundo ou gritos de ogros em fúria trepando com carcajus. Às vezes acontece, mas não é o padrão. O padrão são letras sobre um fudilhão de assuntos diferentes, um som interessante e cada banda com sua proposta. E como existem bandas. Não me acho um erudito no assunto (e longe de mim querer achar algum dia), mas sempre procuro conhecer outras bandas e, por causa disso, não paro de gastar meu mísero salário em três ou quatro cd's por mês (a maioria vem de sebos - esses lugares são incríveis, cara!). E voltando agora ao começo do texto, de uns anos pra cá eu conheci muitas bandas das quais gostei demais. The Strokes, Foo Fighters, Audioslave, Oasis, Arctic Monkeys, The Doors... variados estilos mesmo. Mas todas excelentes.
Esse lugar será, portanto, onde quero expor o que penso de alguns álbuns, algumas bandas ou alguns álbuns de algumas bandas. O trabalho começa em breve. Os comentários são todos bem-vindos e qualquer complemento também. Espero que os poucos corajosos a visitar esse monte de bobeira se divirtam e que vão atrás do que acharem interessante. Até mais.

Thomas - O Carrancudo

"Does that make me crazy?
Possibly..."