terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

05 - Chronicle Vol. 1 - Creedence Clearwater Revival



CARA#$@!!!

Sério, não gostava de Creedence!

Não que achasse ruim (e não achava mesmo).
O problema sempre foi que, porra!; só ouvia "Bad Moon Rising" em toda a volta de viagem de praia; em todo o maldito seriado em que existe um personagem que curta rock antigo; em todo barzinho; em todo The Best of alguma coisa...
Parecia que a maldita música estava em tudo o que era lugar! E, de novo, não que achasse ruim, mas é como você ser um fã de AC/DC e ficar vendo os lugares onde a galera coloca “Highway to Hell” pra tocar... Em qualquer trilhazinha de filme que queira pagar de foda lá está ela. Perde a graça, saca?

Mas então em um belo dia dentro de um carro com um amigo meu estávamos ouvindo um cd de rock antigo (não clichê) quando uma música simplesmente alucinante tocou:



Depois de ficar anos ouvindo sempre os mesmos álbuns de bandas mais contemporâneas (chique, não?), ouvir algo como o Creedence foi DE-MAIS!

Mas meu amigo não se lembrava do nome da banda no momento em que me mostrou a música.
Depois de umas semanas ele me enviou o mesmo vídeo acima e então meus ouvidos se viraram para o Creedence Clearwater Revival por trás da maldita e famigerada (mas nem por isso ruim) "Bad Moon Rising". E como já é uma tradição para mim em matéria de conhecer bandas novas comprei o Chronicle, que nada mais é do que um The Best Of dos caras.
E, claro, se tratando de uma coletânea de Hits, o disco não deixa em nenhum momento a desejar.

Veja bem, nunca fui muito fã de música mais antiga (não tanto quanto sou hoje, pelo menos...), mas não tem como ouvir um álbum assim e fingir que é “bonzinho” ou razoável”... O troço é incrível! Tanto que foi esse disco junto com o Mothership da Led Zeppelin que me mostraram o quanto essas bandas eram donas de uma qualidade que poucas têm hoje em dia!

O Cd é inteiro bom e bem oscilante entre músicas pesadas e mais tranquilas.
A oscilação é também bem aleatória. A música de abertura é “Suzie Q”. Um cover muito do bem feito, pra se dizer. Outra que não há do que se dizer mal é a que vem em seguida, “I Put a Spell on You”. Boa demais na versão em que está e acho que só perde para a (macabra) original. “Proud Mary” eu conheci através de uma pessoa especial e só não me mostrou todo o CCR antes porque esqueceu (cof, cof...). Gosto de “Green River” pela pegada dela. Gosto muito e não sei bem o por quê. Essa e “Commotion”.
“Fortunate Son” me lembra muito o som da Janis, tanto no vocal do Fogerty quanto no instrumental (escuta lá e vai dizer que não!).
Acho que uma das que mais me deixa susse é “Looking Out My Back Door”. A melodia e a distorção das guitarras me relaxam só de escutar um pouco. Tranquila demais...
Outra clássica (como se as outras não fossem...) “Have You Ever Seen the Rain” me transporta direto para o melhor ano da minha vida e só tenho boas recordações dela. Se soubesse que era do CCR eu teria virado fã há muito, muito tempo atrás!
“Hey Tonight” tem uma das letras mais fáceis de cantar (dhã) e é uma boa música pra levantar a galera numa festa.
Mas minha preferida se mantém a que me foi apresentada: “Travelin’ Band” é destruidora. Acho que se eu fosse da época eu iria furar vinis de tanto que iria ouvir essa música! É rock na veia, cara! E da melhor qualidade!

Por mais famosa que seja a Creedence (embora hoje em dia infelizmente nem tanto), dá pra ouvir um cd inteiro de uma banda simples e realmente boa de rock das antigas como essa e ainda pagar pau! Pena que hoje em dia é só o Fogerty fazendo tour por aí...

Não sendo a “Bad Moon Rising” eu recomendo a banda por completo (zoeira, eu gosto dela).
Vale a pena cada minuto do disco todo e dos outros também, já que os álbuns por si são todos muito bons.

Despeço-me com satisfação nos ouvidos.
Abraços!

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