domingo, 21 de fevereiro de 2010

01 - Introducing a New One




Durante os últimos anos a música invadiu a minha vida. Não que isso seja da conta de alguém, nem nada assim, mas é que... sei lá! O troço entrou na minha cabeça e não sai mais. Foi como um amor à primeira vista: no começo você finge que não é com você, tenta desbaratinar e seguir em frente, mas no fundo você sente coisas estranhas no seu interior. No meu caso era mais uma vontade alucinada de perder umas três tardes ouvindo cd's recém-adquiridos e tudo mais pra ir atrás de outros e outros e mais outros. Talvez você pense "Pff, porcaria de bostão consumista, é isso o que você é, e devia estar num manicômio!". Mas não é só consumismo (até porquê o nome do acesso ao meu outro blog é "nenhum puto no bolso"). Houve um tempo em que eu era muito fechado pra esse tipo de coisa. Era daqueles metaleiros pra quem você chega com uma música alucinante, oferece o fone pro desgraçado ouvir e ele, com uma cara ruim, olha pra você e pergunta: É metal? E se não for, então o cara já ouve de má vontade e até ri ou desdenha quando devolve o fone. Perda de tempo total pra você e pro cidadão.
É claro que não deixei de ouvir meu metalzão de vez em quando; só descobri que a música é bem mais do que pedais duplos, vocalistas com falsetes e guitarras alucinadas em descobrir qual a mais frenética. Não que todo metal seja assim. Existe coisa boa mesmo. Timbres únicos de voz (sem falsete - de vez em quando é, talvez, necessário soltar um, mas não faça músicas inteiras assim, numa boa), melodias e letras excelentes e muito trabalho duro para fazer música alta (e boa) o suficiente pra que um bando de cabeludos bêbados a ouçam em um campo de batalha que é um bom show de metal (não interessa o tipo de metal). Mas existe o ROCK. Não pretendo aqui classificar os quatrocentos e dezesseis tipos diferentes de rock; aqui ele será tratado como uma coisa só. Até porque você pode colocar qualquer coisa na frente de metal, core e rock e isso vira um estilo: chicken brut metal, sofa core, easy water rock e por aí vai... Mas existe o ROCK. Também tem guita, baixo, teclado, bateria e vocal. Mas sei lá. Dá pra acompanhar, entende? Não são dez dedilhadas por segundo ou gritos de ogros em fúria trepando com carcajus. Às vezes acontece, mas não é o padrão. O padrão são letras sobre um fudilhão de assuntos diferentes, um som interessante e cada banda com sua proposta. E como existem bandas. Não me acho um erudito no assunto (e longe de mim querer achar algum dia), mas sempre procuro conhecer outras bandas e, por causa disso, não paro de gastar meu mísero salário em três ou quatro cd's por mês (a maioria vem de sebos - esses lugares são incríveis, cara!). E voltando agora ao começo do texto, de uns anos pra cá eu conheci muitas bandas das quais gostei demais. The Strokes, Foo Fighters, Audioslave, Oasis, Arctic Monkeys, The Doors... variados estilos mesmo. Mas todas excelentes.
Esse lugar será, portanto, onde quero expor o que penso de alguns álbuns, algumas bandas ou alguns álbuns de algumas bandas. O trabalho começa em breve. Os comentários são todos bem-vindos e qualquer complemento também. Espero que os poucos corajosos a visitar esse monte de bobeira se divirtam e que vão atrás do que acharem interessante. Até mais.

Thomas - O Carrancudo

"Does that make me crazy?
Possibly..."

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