quarta-feira, 10 de março de 2010

09 - Broken Boy Soldiers - The Raconteurs


Simplesmente gostei de Raconteurs.
Não tive nenhum conflito existencial ou demorei pra prestar atenção nos caras. Desde o dia em que escutei a banda, apreciei cada minuto de música tocada por eles. Sobre a banda, um resumex simples e escrachado:
Depois de encher o saco de tocar com uma mullher que, apesar do talento (inegável, apesar de pouco explorado), toca em bateria infantil e tem voz de menininha, Jack White (grande Jack White) resolveu chamar um bando de marmanjos estranhos e montar uma banda de homem (uma definição extremamente similar de tudo o que eu disse foi exibida pela MTV um tempo atrás, mas me toquei disso apenas agora e estou com preguiça de pensar em algo que não pareça tão "plágio" - e não, não foi).
Assim surgiu o Raconteurs; mais um “supergrupo” entre outros da atualidade. Com a diferença que os outros músicos não eram tão conhecidos quanto o líder do White Stripes.

Como muita gente, conheci a banda através de “Steady as She Goes”:



Não sei exatamente por que gosto dessa música. Mas uma coisa eu digo: por mais estranha que pareça a formação, eu gosto dos caras. Todos ali sabem exatamente seu papel (tá, tudo bem, todos sabemos como o Jack White acaba sendo “estrela” de bandas de que participa) e são todos excelentes instrumentistas. Não que eu seja o entendido da coisa, mas todos os caras ali têm técnica de sobra, sem dúvida. E acho que em “Steady as She Goes” eles já dão mostras de como sabem tocar (e eu acho cômica a vaca do clipe, hehehe).
Na leva mais agitada do cd temos também “Store Bought Bones” que, apesar de utilizar um timbre de guitarra incomum, tem um dos melhores (quiçá o melhor) solos do disco todo. É pura caveirice!

“Broken Boy Soldier” além de ser a música que dá o título ao álbum é uma das músicas mais medonhas que já vi na vida. Aquele clipe então... Tenho uma ex que tem pavor de bonecas; realiza a cara dela quando viu o clipe... Acho boa pra escutar se você fumou alguma coisa maligna e quer pirar longe. Mas só.
Eu gosto de “Level” e todo seu arranjo vocal. Fora aquele riff que dá pra ficar cantarolando o dia todo. Destaque para o baixo do Lawrence aqui. Não sou muito com a cara desse cara e ele dá medo, mas ele toca bem, não tem como negar.

A mais “happy” do disco (na melodia, a letra é meio estranha...), “Yellow Sun” é toda calminha. Violãozinho, voz calma, refrão simples e bateria com direito a rufadas e tudo mais; essa é uma música que dá pra se ouvir tranquilamente. No extremo oposto eu colocaria “Call It a Day”. Também uma das minhas preferidas dos caras, ela já parte pra um tipo de letra de que eu gosto; levemente depressiva, mas de uma complexidade diferente. É de um fim de relacionamento, mas de uma forma bem mais interessante e sem a lambança do “não se vá” que costuma permear esse tipo de letra. Demais.

Lentas, mas de qualidade superior, acho que poucas baladas superam as do Raconteurs. Não só pelas letras bonitas, mas principalmente pela forma como são cantadas/tocadas. Não parece o tipo de música que o cara faz pra parede, manja?
As três baladas são minhas músicas preferidas da banda, disparadas.
Em “Hands” temos uma declaração mais leve, cantada (e escrita) pelo Brendan. Ela é toda feliz e até o clipe dela é de arrastar mulheres para gostar da banda. Vale a pena conferir.

Melhor que ela, “Together” tem uma levada diferente e eu gosto dela também pela letra. Mas esta é uma declaração que me parece um pouco mais “honesta” do que a de “Hands”. Existe uma parte nela que diz “we wrote our names down/ on the sidewalk;/ but the rain came/ and wash them off…/ So we should write’em again on the wet cement,/ so maybe people a long time from now will know what we meant…” (ou “nós escrevemos nossos nomes/ ali na calçada;/ mas veio a chuva/ e os apagou…/ Então deveríamos escrevê-los de novo no cimento molhado/ e talvez as pessoas daqui há algum tempo saberão o que nós significamos...”)... Essa parte é algo que nunca havia visto parecido. É uma coisa que praticamente dá pra ver, de tão simples que é a descrição. Porra, demais.

Mas a que merece o troféu “música baladinha de letra fodona” é essa:



“Blue Veins” é a música que ganhou a banda pra mim. Desde a letra, passando pela melodia e... ah, tudo nessa música é bom! Se eu for falar dela aqui vai ser uma melação só e meu blog não é pra isso. Mas cacete, como ela é boa!

E como Jack White faz boa música apesar de ser meio estranho da cabeça, este foi um projeto paralelo que viveu para o segundo álbum (Consolers of the Lonely), em minha opinião bom, mas não tão simples e refinado como o humilde "Broken Boy Soldiers".
Dou realmente destaque para as músicas cantadas pelo Brendan, porque o timbre do cara é foda (mas retiro isso pra “Salute Your Solution”... Ele e o Jack parecem dois moleques cantando aquela em estúdio hehehehe).

Sendo este um cd calmo e romântico, há quem venha me cobrar por álbuns mais "destruidores" e pesados.
Mas eu mesmo estou no clima Raconteurs de ser hoje (e quase sempre, na verdade).
Então acho que vou escutar ele de novo e pensar na vida.
Abraços!

2 comentários:

  1. % You wrote our names down on the sidewalk
    The rain came and washed 'em off
    So we should write 'em again on wet cement
    So maybe people a long time from now will know what we meant %

    (*;

    ResponderExcluir
  2. Uma das minhas frases favoritas de uma das minhas músicas favoritas.
    Mas não ganha da Blue Veins mesmo assim:

    "You're the first one to believe me
    When I say to you: girl,
    I think it's gonna rain
    (but I could be wrong...)"

    =D

    ResponderExcluir