quarta-feira, 27 de abril de 2011

44 - Growing Pains - Dinosaur Pile-Up


Musicalmente uma das coisas mais fodásticas que aconteceu na minha vida foi ter o prazer (ainda extendido até agora) de ter conhecido e poder ainda estar tocando na mesma banda em que meus amigos Lex e Rafinha (vulgo Felipe, ou o contrário hehehe). E dos dois, mais do que bons momentos num palco ou estúdio, posso dizer que nos ajudamos muito um fazendo os outros conhecerem um pouco mais de seu próprio gosto musical (meio confuso, mas eu explico).

É sempre legal quando outras pessoas conhecem e gostam da mesma banda e/ ou estilo musical que a gente, não?
Pois é, com esses dois (e com meu amigo Adam também) creio que meus horizontes musicais se ampliaram consideravelmente. Mas independente de tudo, certamente aquele que conhece as bandas mais bizarras, estranhas e escondidas em cidades escondidas de países escondidos é o Rafinha. Sério, o moleque conhece tanta banda que, quando conhecemos alguma de que ele nunca ouviu falar nós até comemoramos! Hehehehe

Pois foi justamente o Rafinha em um ensaio que me disse: "cara, você tem que escutar Dinosaur Pile-Up!". Estava lá eu pensando nessas bandas de hoje em dia com nomes grandes (como se Red Apple Cigs fosse um nome curto...) e fui atrás da tal banda "do dinossauro" (forma que usei pra guardar o nome estranho).

E foi assim que esse power trio apareceu na minha vida.
Os caras tocam pra car@#$%! Sério, é pancada pura na veia. O som deles me parece ser uma combinação excelente de Foo Fighters, Blur e Weezer, mas é apenas o que há de melhor em cada uma das três.
Saca só:



Já fugindo dos meus posts normais, quero começar esse com minha favorita. Tudo bem que o clipe é estranhão (de fumado, não de ruim), mas o som é demais! "Mona Lisa" deveria abrir o album, porque ela apavora! E os caras aqui fazem valer o que eu disse sobre power trios. Me lembro que quando fui no "concurso de bandas" anual da minha cidade ano passado um trio tocou. Mas era leve, bobo... meio chato até. Um dos vocalistas de uma outra banda então disse: "Cara, quando você está num trio e toca Rock, você tem que no mínimo desmontar o palco, de tão intenso que tem que ser o show."
Certo que o som da Dinosaur Pile-Up faz jus ao que esse cara disse, porque eles desossam!

Eu disse que "Mona Lisa" poderia abrir o disco, mas "Birds & Planes" desempenha bem o papel. Ela começa no veneno já, sem frescura e com guitarras, bateria, baixo e vocais no volume ideal pra ninguém achar defeito. Aliás, não sei do que gosto mais: se de quando a banda inteira toca ou quando o vocal para e o instrumental corre solto. É tudo fodão na maneira como eles tocam. Ver o batera dá vontade de aprender a tocar bateria; o cara é um gênio.
Quer ver a influência das bandas que eu falei? Se não notou nada em "Birds & Planes" espera só mais um pouco, porque "Barce Loner" é a mistura perfeita entre instrumental de Foo Fighters com vocal estilo Damon Albarn e um peso de guitas que só o Weezer pode expressar, ou talvez a Hives.
Uma que aposta nesse estilo pesadinho de guitas é "Traynor". Ela é uma que não passa despercebida por nada no mundo. O riff tem uma coisa simplesmente "legal pra cacete" que faz com que sua cabeça, movida por puro impulso, comece a balançar em um ritmo frenético. Fora que aquele final é totalmente inspirador! Foda.

Acho que uma das mais bem trabalhadas do disco é "Love to Hate Me". É uma música que muda bastante, porque começa toda fodona no embalo dessas três aí de cima e no refrão ela fica um pouco mais leve, bonitinha e style. Depois a música corre solta e explode amps e caixas e pratos, mas nada drástico e nada mal feito. Tudo no capricho. A parte em que o Matt canta sozinho ali baixinho e vai crescendo é muito massa. No começo dá até pra pensar que deu pau em alguma coisa, mas daí a banda entra e a coisa fica boa de novo.
Acho que a preferida do Rafinha é "Never that Together", hehehe; toda (TODA) a vez em que falamos na banda lá vai ele tocar o riff com um sorrisão hehehe. Na real, sendo ele O Rafinha, é possível (e totalmente provável) que ele saiba tocar todas, mas é essa que ele sempre puxa. A hora em que pegar a letra eu acompanho o guri. "Never that Together" é uma música que me lembra o estilo puramente "feliz" de "Big Me", da Foo Fighters. Não que eu imagine comerciais de Mentos, mas é uma música pra se ouvir sorrindo =D

(Putz, fazer o post escutando "Mona Lisa" me desconcentra; ela é foda e não consigo me focar nas outras heheh)

No mesmo clima "happy forever", "Maybe It's You" aparece toda folgadinha e simples. Claro, que depois ela entra no clima pesadão do disco (porque os caras parecem - mas só parecem - não saber soar diferentes). O refrão dela me lembra algo da "Barce Loner". E aqui backing vocals apavorando também. Pra lá e pra cá os caras das cordas mandando ver na melodiazinha mais relax do disco.
Antes de gostar do cd inteiro, a música que me deixava mais animadão era "Hey Man (Home You Ruin)". O refrão dela é a coisa mais legal do universo heheheh. Sério mesmo, eu escuto a música e quando ela chega no refrão eu abro um sorrisão gigante sem nem saber o por quê. Acho que ela é a mais Blur do disco todo, e o solinho até me lembra um pouco de "Coffee and TV". Muito bacana de escutar. E ela acaba no jeitão mais largado o possível também, com o Matt quase dando um gemido de gente que acaba de acordar.

Já dizia o Sagrado Mandamento dos Pseudoadimiradores de Música: "Terás uma baladinha". A do DPU é "Hey You" (tenho a impressão de que os caras adoram esse "hey"; ele está em todos os lugares). Ela é uma música realmente triste e realmente lenta. A letra é simples, mas muito bem escrita e dá pra escutar ela fácil fácil numa deprê... Mas a alteração na forma como a banda toca é gritante. Já disse antes e repito: banda que é banda só mostra o que sabe fazer com uma baladinha. É ali que você vê se os caras prestam de verdade ou não. Falem o que quiserem, essa é minha opinião, tenho ela e não abro (Thomas, o saco de batatas inflexível da montanha).
Depois dessa, "All Around the World" fecha o disco pesadão como tem que ser, mas sem faltar o estilo da banda toda ali bem misturado e altos gritos por toda a música. Não parece realmente música de fim do disco, mas acho que marca bem a simplicidade da banda toda. Apostando em simplicidade também é o que fizeram com o clipe de "My Rock and Roll":



Só mostrando os caras em estúdios, shows e tudo mais, o clipe ficou simples, mas bem condizente com a letra toda. A música é rockão pra escutar no talo com fones com isolamento acústico embaixo de cobertas dentro de um estúdio construído num porão de uma cidade submersa!

Aliás, o disco todo é assim. Ele merece o selo "Aaawesome Duuuuuude" de qualidade. É aquele tipo de cd que é de uma banda que brota do além. Você escuta não dando moral nenhuma e acaba escrevendo sobre os caras em um blog qualquer perdido por aí.
Sobre a banda, bem não sei muito mais do que escrevi aqui. Não há datas sobre eles para nada que envolva terras brasileiras: nem shows, nem cds, nem camisetas, nem fãs histéricos gritando o nome deles por aí (se bem que nenhuma banda precisa de fãs assim). O que eu sei é que os caras estão ralando na estrada pra conseguir mostrar o som deles por aí.
A divulgação é pouquíssima, mas com sua ajuda é fácil trazer eles pra cá.

Eu ía zoar, mas falando sério, é a divulgação que faz bandas crescerem. Lembram que postei ano passado sobre a The Baseballs? Que não havia nem chance sonhando dos caras terem uma versão nacional do cd? Pois bem, tal versão foi lançada no fim do ano passado e eu fiquei mais feliz que o Lemmy com um machado no show da Cine. Mas isso foi porque os fãs foram divulgando, divulgando e divulgando mais ainda, até finalmente reconhecerem que lançar uma edição nacional do disco era jogo.

Então se gostaram da banda, falem pras suas mães, pais, avós, amigos, vítimas... Vale a pena.
Bandas em fase de crescimento gostam.
Abraços.

12 comentários:

  1. Olha a guitarra do cara!

    Como que a banda não vai ser boa?

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  2. (e é nesses comentários que a gente torce pra ninguém lembrar disso: http://www.youtube.com/watch?v=8C5NTA7Y6tg )

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  3. Cara, isso é um aviso educado: nunca mais coloque coisas desse projeto de qualquer coisa aqui no meu blog, certo?
    Hehehehe

    Mas valeu o comentário nada tendencioso ali de cima =D

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  4. cara, um foo fighters de teenager, curti!

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  5. Pode crer! Segundo o Rafinha o Matt (vocal e guitarra) disse que o pai dele é o Dave Grohl =O

    Paizão!

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  6. que hilario! não é a toa que se vê tanta influencia foofighteriana hahaha

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  7. Demais. a Bateria é puramente o Dave hehehe

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  8. Esse disco é altamente recomendável pra quem gosta de um saudoso rock dos anos 90 que combinava guitarras pesadas com melodias pop.Se a teoria de que o rock sempre anda em ciclos, retomando a sonoridade de 20 anos atrás for verdadeira, é melhor a galera se preparar pra mais bandas desse estilo!

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  9. As guitarras lembram Weezer, mas também (não sei se vc ouve) lembra bastante a carreira solo do Graham Coxon. Gostei das músicas postadas aí, principalmente de My rock n roll. Banda com músicas bem marcantes, me interessei bastante.

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  10. Mais bandas desse estilo hehehe
    Tomara que seja de fato real, pra banir de vez a colorice imunda da face da terra.

    Hey Rique, seja bem vindo ao blog. Cara, eu nem tinha pensado em escutar a carreira solo do Graham porque nem me toquei que ele pudesse ter uma. Mas ouvirei com cuidado.
    A Dinosaur Pile Up é uma das melhores bandas que vi nascer recentemente. Espero sinceramente que vingue.
    Mas a você, meu obrigado pela dica sobre a solo do Graham; procuraray! =D

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  11. fora "my rock n roll", "hey man (home you ruin)" e "hey you" (que desenrola de forma espetacular e termina como deve ser) foram as que mais me agradaram. Eu achei que all around the world combinou bastante com o fim do disco, apesar de chegar até enjoar e no final vc tomar até um susto, pqp

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  12. Auhahuauhahuauhuha
    Dois que levaram susto. Na verdade levei susto em algumas das músicas deles, mas talvez seja porque eu escute coisas num volume REALMENTE ALTO hehhe

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