segunda-feira, 11 de abril de 2011

42 - Different Gear, Still Speeding - Beady Eye



Sim, sim, faz um longo tempo.
Depois de escutar o cd do Slash e comentá-lo aqui eu simplesmente entrei em um processo de atualização de sistema e isso, somado à uma preguiça "avassaladora" (sou foda ha ha ha - #tentarserengraçadãonãorola), não me permitiu continuar com o que eu estava fazendo por aqui. Mas já que a vontade e a inspiração retornaram eu resolvi colocar a mão na massa e fazer o que eu curto: falar dos discos de que eu gosto/ gostei muito.

Pois bem, em Junho do ano passado, ano em que este humilde escritor começou este humilde blog, eu escrevi uma postagem sobre o último trabalho dos irmãos Gallagher, o Dig Out Your Soul.
Lembro que (e fui dar uma fuçada pra ver se era isso mesmo) me senti mal escrevendo o post. O disco é ótimo, mas foi o último de uma das minhas bandas favoritas. Mas outra coisa da qual eu me lembro bem foi que escrevi no final do post que algo de bom poderia sair da separação dos dois: que "na melhor das hipóteses, dois grandes músicos pra ajudar a purificar a 'colorice'... ".

O Noel lançou pouca coisa afinal, contrariando minhas expectativas de que ele seria o pioneiro dos irmãos a lançar um novo projeto. Mas o Liam foi quem saiu na frente. Mencionei no post do DOYS que ele havia realmente subido no meu conceito como músico. Mas quando soube que ele tinha assumido o comando da Beady Eye e estava se empenhando por música eu fiquei muito feliz.

E foi mais feliz ainda que eu assisti a esse vídeo aqui:



Eu curto "The Roller", mesmo não sendo A música do disco. Gosto dela porque ela traz o que eu acredito ser a sonoridade completa da banda. A Beady Eye soa pra mim como uma mistura muito bem feita de Oasis e Beatles.
Não venham me dizer que isso é piegas e o escambau. Bem ou mal, querendo ou não, chorando pra sua mãe ou não, você sabe que a influência da musicalidade da Oasis não ía morrer como a banda. E Beatles sempre foram das maiores - e por que não a maior das - influências da banda. Natural que ao terminar a banda nenhum dos dois iria se tornar um revolucionário musical e criar um estilo novo. É uma questão de adaptação. Não que a Beady soe comum; do contrário, foi essa união perfeita de influências que deu a personalidade final para o projeto. E quanta personalidade! Os músicos realmente se dedicaram na composição das músicas e elaboração das harmonias e melodias. O resultado ficou incrível.

O disco abre com a música que parece ser Oasis puro: "Four Letter Word". A letra me parece (mas só pareceu) ser uma alfinetada nervosa no Noel. Mas quem sou eu pra dizer alguma coisa? O que posso dizer é que como guitarrista o Gem é o cara. Soltou os dedos nos solos e nessa aí é só o esquenta. Muito boa.
Outra música que me atrai principalmente pela guita é "Standing on the Edge of the Noise". Sei lá, tem um ar bem mais puxado pro bom rockão e tem uma pegada que é só dela. Vale cada minuto da escuta e é única. Fora que é a partir dela que eu começo a contar com o selo "Beady Eye" de personalidade musical. É uma música ótima.

Em um ritmo mais calmo, mas com essa personalidade toda aparente temos "Millionaire". Toda calma e com backing vocals em seus devidos lugares ela é simplesmente gostosa de se ouvir. Particularmente ela me deixa em um estado de conforto bem grande (como "The Roller" também deixa). "For Anyone" é quase uma música de propaganda de margarina, de tão sossegada que ela é. Tem uma simplicidade única e conta até com palmas ao fundo (e os leitores mais assíduos sabem como eu dou valor à essas palmas em qualquer música). Acho que a mais influenciada pelos caras de Liverpool, contudo, é "The Beat Goes On". Parece ter sido uma música saída direto do Abbey Road. Instrumental, vocal, melodia e harmonia; tudo se encaixa ali pra montar uma música de primeira qualidade. Emenda com "The Morning Son", que tem as mesmas características. Por sinal, acho que toda essa influência dos Beatles está mais facilmente reconhecível nessas baladinhas mais tranquilas. Essas duas fecham o disco de uma maneira bem singular.
Estilosa até o fim do universo (e falando tanto em Beatles), "Beatles and Stones" tem no nome tudo o que pode. Não, ela não é uma música ultra fodástica de perder o fôlego. Mas mesmo assim é uma das minhas preferidas do disco. Ela tem um embalo único e aquele teclado ali no meio só dá corpo ao conjunto.
Apesar de ter um riff não muito explorado, "Wind Up Dream" conta com excelente backing vocals (não comuns ao estilo Oasis) e gaita dando aquele apoio fodão e sutil na música. "Cara, a gaita aparece por  segundos!". Eu sei. E gostei.

Hey, povo, alguém aí já assistiu "Scott Pilgrim vs the World"? Pois é, "Kill for a Dream" é uma que me lembra a trilha tema do filme, "Ramona". Mas só o começo. De resto ela é do jeito que eu gosto: aposta em simplicidade e letra legal. Sem exageros, Liam canta com leveza e o refrão é daqueles que ficam fácil na cabeça. "I kill for a dream toniiight..."

"Thomas, sua preferida do disco é..."

Essa aqui:



Pois é, acho que é a música mais comercial, mas ao mesmo tempo, a melhor do album. Falo isso não só pelo clipe (show de bola pela simplicidade, de novo), mas também porque acho que essa é definitivamente a prova de que os caras tem personalidade. Tudo o que mencionei das outras músicas do disco está completamente sintetizado em "Bring the Light". Teclados, Gem e sua independência como primeiro guitarrista, o auxílio de todos para a composição das músicas, backing vocals, criatiividade e mais toda uma gama de qualidades. O disco todo é muito bom, mas essa música tem o tempero que faz a diferença. De um a dez, "Bring the Light" é 11.

E agora?
Bem e agora estamos nós diante de duas coisas. A primeira, a eterna rixa de sangue (sim, dura assim mesmo) entre Liam e o Noel. Um dando alfinetadas e o outro fingindo que não vê; um trabalhando abertamente e o outro recusando propostas milionárias; um falando em ter sido excluído e o outro falando de infantilidade e tudo mais. Aonde isso dá, não há como saber.
E a segunda é se o trabalho do mais velho dos Gallagher será tão bom ou melhor do que o do caçula.
Em se tratando de alcançar a Beady Eye, Noel vai ter que se empenhar pra fazer algo realmente bom.

De uma forma ou de outra minhas expectativas serão aliviadas e ,assim como muitos fãs inteligentes, como gosto de ambos os músicos só tenho a ganhar com ambos se empenhando.
Sucesso à Beady Eye e vida longa ao Zumbidos!
Hehehe

8 comentários:

  1. Muito boa sua resenha.
    Minha preferida do álbum é The Beat Goes On. :)

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  2. Hey! Valeu cara pelo comentário. "The Beat Goes On" é boa pacas. Adoro o instrumental dela. Ficou perfeitão.
    Apareça mais =D

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  3. Muito bom aqui , to seguindo o/ beijooo!

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  4. Opa, valeu!
    Seja muito bem vinda =)

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  5. É, esse disco foi uma surpresa pra mim, se o Noel lançou algo foi um ao vivo e tals (que eu acho que baixei um), mas nada desse tipo, algo meio estranho, rsrs.
    Bring the Light é minha favorita também, mas que mais por eu estar ouvindo desde que eles disponibilizaram, ainda num ouvi o disco inteiro com calma.

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  6. É, um dos motivos por ela ser minha favorita é justamente esse: ter sido a que mais ouvi desde que lançou o disco.
    Mas vale bastante a pena =D

    O Noel Lançou o ao vivo do TCT (Teenager Cancer Trust) que só tem músicas da Oasis ainda. É bom, mas... não é exatamente um trabalho solo.
    Esperemos heheh

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  7. AHUAHUAUHUAHAHUA, esse mesmo do Noel que eu baixei e deletei.

    Uma coisa que eu esqueci de falar na postagem anterior, num tem como não ver as garotas lá atrás e não lembrar da Tina Tuner, rsrs.

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  8. Sim, elas fazem os backing vocals empolgadas pra cacete! Dá pra lembrar da Tina sim hehehehe

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