sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

37 - Franz Ferdinand (e a grande revolução)


Cara, como foi difícil escolher qual dos álbuns postar... A dúvida entre o Selftitle e o You Could Have It So Much Better foi imensa.
Porque sem a menor dúvida, Franz Ferdinand é uma banda DO CARALH@!
Não existe nego na face da Terra em sã consciência que não curta pelo menos uma música deles. Não tem como não gostar dos caras.

A banda inteira despontou numa excelente mistura de autenticidade, dedicação e bons músicos em meados de 2004 (dois anos antes da minha já famosa revolução de 2006, na qual me livrei da fera devoradora de mentes que era o metal e passei a escutar os outros bons tipos de música mundo afora) e foi de uma forma esmagadora que vieram pra ficar.

Diferentemente do que costumo fazer com outras postagens, deixarei a música através da qual conheci a banda lá para o final (pela razão compreensível de que também é minha música favorita do disco).
Ao invés disso, vou previamente colocar aqui de cara uma das músicas mais fodas do disco e com um dos clipes mais virados na maconha que já vi na vida:



O clipe de "This Fire" é provavelmente um dos mais bizarro que já vi na vida. Coisa de psicopata mesmo. A galera gritando; os quatro com as caras mais maníacas do universo mandando cartas pro mundo inteiro; o clipe todo... Fora que aquele vídeo em conjunto com a letra (que parece ser uma hipnose em andamento) deve conter horas de mensagens subliminares. Simplesmente demais.

Os caras do Franz tem um estilo próprio de fazer música que fez com que despontassem em absoluto quando lançaram o selftitle. Junto com a Arctic Monkeys, Raconteurs e Fratellis (há outras bandas boas no meio do caminho, mas as que mais me marcaram quando surgiram na época forma certamente essas), a banda conquistou seu espaço entre as boas bandas que apareceram na virada "pós Strokes".

Abrindo o cd de modo espetacular temos "Jacqueline". Logo de cara, uma demonstração do que é um raro vocal (não tem outra palavra) bonito. Na boa, o timbre de voz do Kapranos é de deixar uma galera na inveja. Além de grave, é um timbre limpo. Aquela introduçãozinha antes da banda entrar inteira na música é de arrebentar. E quando a banda entra então... Já é paulada na cara com refrão, riff e tudo mais.
Num estilo parecido, a quarta música faz um bom serviço. "The Dark of the Matinée" tem o segundo riff mais pegajoso e fodão do disco (perde só pra minha música preferida, deixada para o fim do post). É uma música boa de ouvir e o tecladinho no fundo dá toda uma peculiaridade no som.

De letra duvidosa, mas com uma melodia extremamente envolvente temos "Michael". Não sei se há alguma história por trás da letra ou da música, mas enfim... essa é outra altamente recomendável para se ouvir no talo. Na verdade, todo o primeiro e segundo disco são altamente recomendáveis em alturas absurdamente elevadas em qualquer fone de ouvido. "Michael" também tem um riff interessante e um baixo bem forte (não que as linhas de baixo sejam lá muito elaboradas, como um amigo meu - e colega de banda - comentou outro dia; é interessante, contudo, ver como mesmo a linha simples faz das músicas da banda o que elas são).
É com uma boa levada de baixo, porém, que começa "Cheating on You". Aqui a banda aposta em uma letra simplificada e em instrumental pesado. Destaque aqui para Paul Thomson e sua bateria mais do que frenética. Espetacular.

"Come on Home" foi a segunda música que escutei da banda. Na verdade o solo dela. Não lembro nem onde, nem quando, mas gostei pra caramba. Quando comprei o cd (e aqui uma felicidade imensa, porque encontrei os dois primeiros discos por 10 mangos cada, novos e o YCHISMB com direito a DVD e tudo! hehehe) e fui bisbilhotar as letras, essa foi uma das que mais me chamou a atenção. Rende uma balada das boas, mas falando de coisas mais complexas do que saudade pura. Vou longe com ela.
Logo depois dessa e fechando o disco, temos "40'". Ela é meio estranha no começo e parece trilha de desenho, ou jogo do Sonic ou algo no estilo. Mas depois é só acrescentar voz e pronto: tasca aí mais uma excelente música pra enfiar ouvido adentro!

E pra encerrar o post não por ser piegas, mas principalmente por ser um sucesso absoluto, meu primeiro contato com a banda foi através desta música e clipe:



"Take Me Out" é tão foda, mas tão foda, que até hoje faz sucesso. Falo isso porque toco ela em shows com minha modesta banda e se tem um momento em que as pessoas vão ao delírio (a despeito de todo um vasto repertório da banda) é quando tocamos "Take Me Out". A música é perfeita, não tem o que tirar nem pôr. Desde aquela introduçãozinha passando devagar ao riff principal, e chegando nos intervalos aonde dá vontade de gritar mais alto que o Kapranos aquele "TAKE ME OUT!!!"... sem comentários, a melhor do disco e ponto. Se tivesse falado dela lá no começo, acho que não teria nem tido criatividade pra acabar o post e ficaria escutando ela pra sempre hehehe.

Talvez você amigo tenha notado que não fiz referências ao Tonight por aqui. Não acho ele um disco ruim. Sendo franco, acho que só houve experimentação DEMAIS no som. Ficou diferente do que eram as outras músicas e longe de achar isso algo que diminui o trabalho da banda, a questão é que apenas não me acostumei ainda com como este útlimo disco soa (mas tenho que dizer que aquele finalzinho de "What She Came For" é de cair o c# da bunda de tão fodão!).

A banda atualmente anda em ritmo de shows secretos pela Europa e boatos longínquos de fontes não seguras arriscam em um 4º disco para o fim do ano que vem. Verdade ou não, eu sem dúvida estarei com minha grana a postos quando ele for lançado. Porque qualquer coisa desses caras eu escuto sem medo nenhum. Música (orgasmaticamente foda) para os ouvidos.
Fui.

6 comentários:

  1. Olha,achei muito interessante esse post no seu blog sobre o Franz.Eu também conheci a banda através de Take Me Out,e desde agora sou muito viciada.Pena que eu pude ir em nenhum show que eles fizeram(ser pobre é foda)
    Ah,respondendo sua pergunda,tem sim uma coisa por trás da letra de Michael.Ela foi escrita por eles contando um dia em que sairam com uma colega deles,que era gay,e assim surgiu a música.Por isso,algumas pessoas até dizem que essa música é totalmente gay,mas eu amo ela.

    ResponderExcluir
  2. Sim, a letra é BEM gay. Mas a música é boa.
    Eu também não pude ir no show (e putz, rezam lendas de que foi animal...). Mas haverá outras oportunidades.
    Muito obrigado pelo comentário e apareça por aí.
    =D

    ResponderExcluir
  3. o show foi INCRÍVEL! quero outro já ^^

    também conheci Franz por Take me out... não lembro como.. rs mas daí gostei, procurei as outras músicas e simplesmente me apaixonei!

    gosto muito do Tonight, mesmo sendo, de fato, bem experimental! Amo Can't stop feeling
    ^^

    mt boa a coluna, parabéns!

    ResponderExcluir
  4. Olá Débora! O Tonight é diferentão e ainda estou me acostumando com ele.
    Você foi no show? Nossa, que invejinha boa que me bateu aqui; a performance deles ao vivo é fenomenal!
    Agradeço o comentário e espero novas visitas.

    ResponderExcluir
  5. Adoro esse álbum, acho o melhor dos três, embora não tenha ouvido mais tanto ele, fui ao show também, e depois dele comecei a ouvir o Tonight com mais gosto, porque quando o baixei não gostei tanto, mas ao vivo é realmente muito bom.

    ResponderExcluir
  6. Ao vivo esses caras fazem verdadeiras obras de arte com as próprias músicas.
    Agradeço o comentário

    ResponderExcluir