quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

36 - Costello Music - The Fratellis


Seguindo as postagens eu lhes apresento uma banda em recesso indeterminado que me apareceu do nada nos meus dias.
Foi na televisão o lugar em que eu ouvi falar desses caras pela primeira vez.
Acordei com uma música estranha, e eu não digo que foi bem a música que me atraiu...



(Tudo fica bem com Casey Batchelor no meio, hehehe)
Mas enfim, a música eu achei meio paradinha, pra ser bem honesto. Mas a propaganda da banda pela emissora era boa. Fazia referências boas ao som do trio da Escócia com nome de banda italiana.
Em minha infinita curiosidade, fui buscar mais a respeito (em meados de 2007, antes que as pedras e paus comecem a voar) e ao escutar o Costello Music meu respeito pela banda aumentou consideravelmente. Até porque na altura em que eu consegui dar um jeito de escutar o disco e depois comprá-lo em uma loja, os caras já haviam feito mais dois clipes e dentre eles estava o de "Chelsea Dagger".

"Chelsea Dagger" é aquele tipo de música pra tocar em um bar cheio de gente que conheça a música, com muita cerveja, abraçados em uma corrente humana, pulando e cantando aquele "parara parara pararararara" até o infinito. É simplesmente demais (e o clipe... aiai...).
E também é o exemplo do que um trio tem de fazer quando o assunto é música. Jon, Barry e Mince mostram serviço total durante as (infelizmente) curtas 13 músicas da banda. Cada música tem a marca "Fratellis" de ser. É o tipo de música que você sabe quem está tocando só de ouvir a primeira nota da música. Demais, demais!

Na linha do "cante com o bar você também!" está "Baby Fratelli". Aquele "All riiiiight!!! She was sucking fingers all niiiiiiight!!!" é de encher o pulmão de alegria. Fora que ela tem um riff dos mais maneiros (putz, maneiro é gíria de tio...) do disco. Ainda numa animação destruidora, não dá pra não mencionar "Henrietta" abrindo o disco. Sem dúvida, assim como muitas bandas decentes, a Fratellis escolheu a música certa pra inaugurar o primeiro disco. "Henrietta" tem uma levada boa o suficiente pra levantar qualquer um de um estado de morbidez e levá-lo (a) à loucura. No volume certo, até o mais autista chacoalharia a cabeça com ela!

Seguindo o mesmo estilo da marca da banda, "For the Girl" tem uma pegada até levemente cômica. É cheia de ruídos estranhos e "qua qua quás". Mas gosto bastante dela e as palmas no fundo ajudam com um ritmo gostoso de ouvir e que não enjoa.
Falando de palmas, elas aparecem a rodo em "Creepin Up the Backstairs". Aqui além delas e do estilo particular da banda, eu gostaria de ressaltar o quanto o Mince é um baterista fenomenal... Cara, ele desossa naquela bateria sem dó. Animalesco ouvir as quebradas, viradas e batidas do cidadão!
Muito das músicas é o que é por causa dele.
Falo mesmo.
Fechando as que eu gosto nesse estilo mais animadão tem também "Got Ma Nuts from a Hippy". Ela começa meio susse; aquele estilo de música que faz você ficar só batendo o pé no começo, mas que depois apavora e arrepia cada pelo do corpo. Fora que aquele solo é tudo de bom.

"Acabou já?"

Não.
Antes de terminar o post ainda tem três músicas que marcam definitivamente o Costello Music pra mim. Se eu não falasse delas eu não dormiria tranquilo (blablabla...).
A primeira é "Ole Black 'N' Blue Eyes". Ela é toda sossegadinha e também tem um solo simples, mas completo. É aquele tipo de música que fica na cabeça, mas sem ser um grude chato.
A segunda é "Doginabag" que começa num ritmo que foge um pouco do estilo do disco. Ela tem um quê de blues que é bom de ouvir. Aqui o show fica por conta do Jon e do Barry numa parceria das boas entre baixo e guitarra. Fora que o vocal rasgado do Jon dá um toque todo fodão pra música.

Mas a minha favorita do disco (sim, uma baladinha) é sem dúvida "Whistle for the Choir":



Sério, desde o clipe, passando pela letra, passando pela melodia, passando por tudo... "Whistle for the Choir" é jogada de mestre. Tem até solo de assovio! Aqui o Barry assume a guitarra e o Jon o violão. E longe de tornar a coisa objeto de fanatismo, mas das baladinhas recentes das bandas da época eu tenho certeza de que esta foi sem nenhuma dúvida a melhor de todas.

"Mas e aí, que papo é esse de recesso? Justo agora que estava gostando da coisa!?"

É, pois é, foi a mesma coisa que me perguntei logo depois de eles terem lançado o Here We Stand um ano depois. Estava afinzaço de escutar coisa nova da banda e o segundo disco não atendeu muitas das minhas expectativas. Não que seja um disco ruim, mas achei particularmente inferior ao trato dado ao primeiro trabalho. Pra completar a banda entrou no já famoso "recesso por tempo indeterminado". Ao consultar o site da banda, há apenas uma pequena lista de shows solos do vocal e guitarrista Jon Fratelli em alguns raros eventos. Não há datas de novos singles ou gravações.

Resta saber se um dia eles voltarão a encher mp3's (qual o plural de mp3?) mundo afora ou se esta será mais uma excelente banda com fim triste para a porrada de fãs que eles têm.
Abração

2 comentários:

  1. ah, acho que você pode dar o plural no objeto: "aparelhos de mp3"

    quando conheci the fratellis, também fui correndo atrás do cd... até meu pai curtiu e deixou ficar ali no som do carro, sabe ? haha. muito legal ler comentários de quem ouviu de verdade esse cd, e não de gente que só fala "ah é legal, animado", sabe ? eba, obrigada, curti muito seu blog !

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  2. (não tinha pensado na hipótese do plural de aparelho... heheh)

    Minha mãe também liberou o som, mas só porque mostrei "Whistle for the Choir" primeiro (a velha é viciada em baladinhas de qualquer ser com uma possibilidade musical que exista, independente do estilo).

    Fico feliz de ter agradado e espero que continue agradando.
    Qualquer sugestão de postagem é bem vinda.
    Beijo

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