Ah, o safado do Ben Harper.
Eu comecei ouvindo o cara com um clipe de uns anos atrás, com os Innocent Criminals.
Achei uma cvoisa boa e simples de se ouvir e comecei a procurar outros trabalhos dele. De cara, acabei ouvindo o Lifeline, o álbum em que a música acima aparece. Eu gastaria um post inteiro dizendo o quanto gostei do disco, mas não é sobre ele que estou escrevendo, então deixa pra uma outra hora... Mas o cd era bom e me deu disposição pra procurar outras coisas. O Both Sides of the Gun foi o segundo que ouvi (e de longe um dos melhores cds que escutei na vida) e então, e surpreendente, o trabalho dele com os Blind Boys of Alabama. Um projeto simplesmente orgasmático de foda.
Sendo assim, ano passado (há quase exatamente um ano) soube que o cara estava com uma nova banda de apoio e que pretendia lançar mais um disco. Bem, lá fui eu e comecei a marcar "xizes" no meu calendáro. Até que acordei de manhã com essa música aqui, ó:
Então pensei comigo: que providencial - um músico de quem gosto tocando com uma banda que faz um som que eu gosto!
"Shimmer and Shine" com o Relentless 7 foi o que trouxe meu amigão Ben para a veia do Rock. Desnecessário dizer que comecei a roer as unhas esperando pelo maldito álbum. E não me decepcionei. Uma, porque ele não deixou de ser o Ben Harper do qual eu gostava; o vocal poderosão, as baladinhas e simplicidade. Duas porque o Relentless 7 é um dos melhores trios musicais que já vi. E por fim, a união do trio com o cantor fez da combinação algo louvável. O cd abre com "Number with No Name". Só uma introdução com uma pegadinha leve de blues. Os refrões progressivamente mais altos vocalmente e um solo matador. "Up to You Now" tem seu charme, mas não é a baladinha mor. Chegaremos nela. Então, como número três encontramos "Shimmer and Shine". Ouvir essa no talo é recomendável, porque ela é demais. Melhor que essa só a quinta faixa, "Why Must You Always Dress in Black". Semi rock, semi blues, a minha preferida do disco inteiro. Instrumental de qualidade, vocal de qualidade e música da melhor qualidade.
Depois dela, então, a baladinha do cd: "Skin Thin". Calma, leve, quase uma discussão de relação sincera com um desabafo no meio. Simples e bonita. Seguida de perto por "Fly One Time" que, ao vivo, rendeu um cover de Queen pelo instrumental parecido com "Under Pressure".
"Keep It Together (So I Can Fall Apart)" é boa, assim como "Boots Like These". "The World Suicide" é outra semi-blues para se tirar o chapéu e o cd termina serenamente com com "Faithfully Remains".
Há quem diga que o trabalho com a R7 vai render mais frutos até maio do ano que vem. Quero muito que isso seja verdade, já que o White Lies for Dark Times foi um dos melhores discos do ano passado que eu escutei. Vale cada minuto.
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